Tecnologia pet friendly tem a mesma importância que produtos adequados para miúdos
Há mais animais do que miúdos nos lares europeus. E os tutores querem mais tecnologias desenvolvidas para eles, diz estudo.
O aumento de animais de estimação tem condicionado as escolhas de tecnologia e a interação com esta em casa. Os lares europeus têm agora mais animais do que miúdos, e mais da metade dos tutores (63 por cento) veem os patudos como membros da família. Face a isto, a tecnologia desenvolvida para os companheiros de quatro patas foi considerada tão importante quanto os produtos desenvolvidos a pensar nos miúdos.
Estas foram as conclusões conhecidas nesta quarta-feira, 15 de dezembro, do estudo “Pet Living 2022” da Samsung, feito em parceria com a Opinium, uma agência de pesquisas de mercado. Os investigadores entrevistaram 6.501 tutores, sendo 2 mil do Reino Unido, um mil da França, Alemanha e Espanha, 1.001 da Itália e 500 da Polónia.
Quase metade dos entrevistados admitiu que mudou a disposição da casa para acomodar os seus animais, e 30 por certo referem que ter um companheiro de quatro patas afetou a sua decisão sobre que dispositivo de tecnologia pessoal comprar. E nos dias de hoje, o que não faltam são opções.
Numa altura em que os preços começam a aumentar e muitos lares começam a cortar despesas devido à crise, mais da metade dos tutores europeus dizem que não pretendem reduzir as despesas com os seus companheiros de quatro patas. Entre os entrevistados, 61 por cento dos menciona que faria outros sacrifícios antes de cortar o valor gasto com com eles, como diminuir a socialização com os amigos.
A solidão e ansiedade de separação dos animais
Com a volta dos donos ao trabalho e a rotina normal, cada vez mais cães e gatos estão a sofrer da chamada ansiedade de separação. Face ao problema, vários estudos tem como foco maneiras de ajudar os patudos a sentirem-se melhor. Uma delas, é a música. Já outra, é a tecnologia.
“À medida que as gerações mais jovens adotam cada vez mais dispositivos inteligentes, e que o número de pessoas com animais de companhia também aumenta, a tecnologia inteligente desenhada a pensar nos animais é o próximo passo mais natural”, referiu Ilyena Hirskyj-Douglas, Professora em Interação Animal-Computador, em comunicado.
Em 2021, segundo a FEDIAF, a empresa que representa a indústria europeia de alimentos para animais de estimação, cerca da metade dos lares na União Europeia (90 milhões) tinham animais em casa, sendo os gatos os mais comuns. Este número tende a aumentar cada vez mais e com ele, as revoluções tecnológicas.
“Enquanto as nossas casas se tornam mais inteligentes e conectadas, a forma como cuidamos dos animais continuará a ser revolucionada por novas tecnologias inteligentes, que são construídas não apenas em torno das nossas próprias vidas, mas também em torno das vidas dos animais”, acrescentou Ilyena.