As medidas contra a emissão de gases e uso de outros poluentes são ainda mais urgentes do que se pensava — e não apenas pelo ambiente e saúde do planeta, mas também pela saúde das pessoas.
Segundo um alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado na quarta-feira 22 de setembro, a poluição do ar é ainda mais perigosa do que se pensava anteriormente. Tanto que a organização decidiu baixar os níveis máximos de segurança, ou idealmente permitidos, de poluentes como o dióxido de nitrogênio.
Segundo a “BBC“, a OMS estima que sete milhões de pessoas morram prematuramente a cada ano devido a doenças relacionadas com poluição do ar. Os países de rendimento baixo e médio são os que mais sofrem, por causa da dependência de combustíveis fósseis.
Por isso, a organização apela agora aos seus 194 estados membros que cortem de forma ainda mais urgente as emissões e tomem medidas contra a mudança climática.
De acordo com o canal britânico, as mudanças nas diretrizes reduzem pela metade o máximo recomendado para exposição a pequenas partículas chamadas PM2.5s. Isto significa, por exemplo, que os limites legais do Reino Unido para os poluentes mais nocivos são agora quatro vezes maiores do que os máximos agora recomendados pela OMS.
A organização corta também o limite recomendado para outra classe de micropartículas, conhecida como PM10s, em 25 por cento. Outros poluentes destacados nas diretrizes incluem ozônio, dióxido de nitrogênio, dióxido de enxofre e monóxido de carbono.
No fundo, adianta o “El País“, a OMS define agora como “perigosos” os níveis de poluição do ar que eram ainda considerados seguros, ao atualizar os padrões de qualidade do ar pela primeira vez em 15 anos — aumentando a insistência para que os países combatam o problema.
No entanto, segundo o jornal espanhol, os padrões de segurança estabelecidos pela OMS não são uma obrigatoriedade legal: cada país decide se fixa limites para cada poluente e se adota os mesmos tetos definidos pela organização.