Como Putin mudou o nosso espaço de segurança e liberdade e condiciona o nosso futuro
Sobre o Livro:
"O estudo mais alargado e profundo editado em português sobre a operação militar especial de Vladimir Putin na Ucrânia", considera José Milhazes no prefácio que escreveu para o novo livro de Germano Almeida, um dos mais conceituados comentadores em assuntos internacionais que marcam presença nos regular nossos canais noticiosos.
Com a preocupação de escrever para as pessoas comuns e não para especialistas, procurando distinguir o essencial do acessório, Germano Almeida vai ao encontro das explicações mais simples e percetíveis de uma guerra extremamente complexa, que nos parece distante, mas ocorre à nossa porta. E dá-nos um contributo fundamental para percebermos o que é que o futuro próximo nos pode reservar, isto é, de que modo esta guerra, que tem já mais de um ano de duração, vai condicionar as nossas vidas para além do seu termo.
Sobre o Autor:
Germano Almeida é jornalista desde 1993 e começou a escrever sobre política norte-americana em 2003, na blogosfera. Durante a empolgante campanha presidencial de 2008, assinou 21 trabalhos no jornal Sexta. Tem, desde Junho de 2009, uma rubrica semanal no site de A Bola, secção Outros Mundos, com o título Histórias da Casa Branca. É, ainda, o autor do blogue Casa Branca.
«O estudo mais alargado e profundo editado em português sobre a ‘operação militar especial’ de Vladimir Putin na Ucrânia.» José Milhazes
Vários romances da escritora britânica Agatha Christie foram editados para remover linguagem potencialmente ofensiva, incluindo insultos e referências étnicas.
Mistérios de Poirot e Miss Marple, escritos por Agatha Christie entre 1920 e 1976, foram reformulados em novas edições publicadas pela HarperCollins. Em causa está linguagem e descrições que o público pode considerar ofensivo, especialmente aqueles que envolvem personagens estrangeiros que os protagonistas encontram fora do Reino Unido.
De acordo com o jornal britânico "The Telegraph", as novas ediçõescortam referências à etnia, como descrever uma personagem como negro, judeu ou cigano.O termo "oriental" foi removido e a palavra "nativos" foi substituída por "local".
Entre os livros editados está o romance de 1937 "Morte no Nilo", no qual a personagem da Sra. Allerton reclama que um grupo de crianças a está a importunar, dizendo que "voltam e olham, e olham, e os seus olhos são simplesmente nojentos, assim como os seus narizes, e não acredito que goste muito de crianças". Na nova edição, lê-se: "Eles voltam e olham, e olham. E não acredito que goste muito de crianças". No mesmo livro,uma passagem que descreve um servo negro que sorri porque entende a necessidade de ficar em silêncio sobre um incidente já não se refere ao homem como negro nem como sorridente. Apenas diz que "acena com a cabeça".Já a referência "o barqueiro núbio" foi substituída por "o barqueiro".
Por sua vez, na nova edição do romance de 1964 "Mistério nas Caraíbas", o pensamento da detetive Miss Marple de que um funcionário do hotel que sorri para ela tem "dentes brancos adoráveis" foi substituída por "dentes bonitos". O mesmo livro também deixa de descrever uma personagem feminina com "um torso de mármore preto como teria apreciado um escultor". Tambémfoi removida uma passagem em que um personagem não consegue ver uma mulher negra no mato à noite.
Algumas das novas edições já foram lançadas em 2020 e outras serão em breve. Embora esta seja a primeira vez que o conteúdo dos romances de Agatha Christiefoi alterado, o romance de 1939 "Não Sobrou Nenhum" foi publicado anteriormente com um título diferente que incluía um termo racista, que foi usado pela última vez em 1977.
O fenómeno dos "leitores sensíveis"
Os chamados "leitores sensíveis" são um fenómeno comparativamente recente que ganhou atenção generalizada nos últimos dois anos. Estes leitores examinam novas publicações e trabalhos mais antigos em busca de linguagem e descrições potencialmente ofensivas e visam melhorar a diversidade na indústria editorial.
Chegou a primavera, tempo de primeiras flores mas, sobretudo, tempo de revelar o título do 40º álbum deAstérix: O Íris Branco.
«Para iluminar a floresta, basta a floração de um só íris», pode ler-se na 40.ª aventura de Astérix e Obélix. Espera-se, sobretudo, que um sorriso venha de novo iluminar o rosto de Matasétix! Que terá acontecido ao nosso chefe gaulês preferido e qual a razão para este ar tão carrancudo?
«Deu-me muito gozo reencontrar os nossos amigos gauleses e desenhá-los em situações pouco habituais, perturbados pelos efeitos de um novo método de pensamento, o Íris Branco, vindo de Roma.»
Tal como Astérix, Didier Conrad nasceu em 1959. A sua primeira banda desenhada,Jason, é publicada em 1978. Lança-se depois, em parceria com Yann, na animação dos cabeçalhos da revistaSpirou, criando mais tarde, ainda com o mesmo argumentista, a mítica sérieLes Innommables.Seguem‑se inúmeras produções repletas de humor, comoBob Marone(1980) e, comWilbur, Le Piège MalaiseDonito(entre 1991 e 1996). Em 1996 instala-se em Los Angeles para trabalhar na longa-metragem de animação O Caminho paraEl Dorado(2000, Dreamworks SKG). Desenha as aventuras gaulesas desde o álbumAstérix entre os Pictos(2013).
MATASÉTIX
Ser chefe, e filho do antigo chefe da aldeia, eis o que carateriza este homem, sobretudo quando se trata de presidir aos destinos da única aldeia gaulesa capaz de resistir ainda e sempre às legiões romanas. Escudado por grandes guerreiros como Astérix e Obélix, poder-se-ia pensar que a tarefa de Matasétix é fácil. Desenganem-se!
O nosso líder – chefe «incontestável», embora por vezes contestado! – já teve de enfrentar mais do que uma vez várias provas, a concorrência e as recorrentes (quiçá demasiado recorrentes) quedas do escudo, isto para já não falar do azedume de algumas críticas que a sua esposa Boapinta lança ao seu «Bacorinho», quando por exemplo lhe põe os nervos em franja ao atirar-lhe à cara o sucesso do seu cunhado Homeopatix (que, diga-se de passagem, o trata por «Não-sei-quantos» em Os Louros de César, 1972)!
Enquanto aguarda a saída do álbum em 26 de outubro de 2023, Fabrice Caro, argumentista de O ÍRIS BRANCO, adianta alguns pormenores.
Fale-nos da génese deste 40.º álbum das aventuras de Astérix.
Eu queria um álbum muito centrado na aldeia e nas suas imediações. Gosto particularmente dos álbuns de Astérix em que um elemento externo se introduz na aldeia e vem perturbar o seu equilíbrio, e adoro observar a reação dos habitantes, com a sua lendária capacidade de dissimulação. E, depois, era a oportunidade de abordar implicitamente um fenómeno social contemporâneo…
O Íris Branco é o nome de uma nova escola de pensamento positivo, vinda de Roma, que começa a propagar-se pelas grandes cidades, de Roma a Lutécia. César decide que este novo método pode ter efeitos benéficos sobre os campos romanos em redor da famosa aldeia gaulesa. Mas os preceitos desta escola influenciam igualmente os habitantes da aldeia que com eles se cruzam… Aliás, a prancha-anúncio divulgada em dezembro já levantou um pouco o véu sobre o resultado dessa influência!
Eu queria encontrar um título que se enquadrasse no espírito de Goscinny e Uderzo, em que o tema é muitas vezes encarnado num objeto físico ou numa pessoa (O Caldeirão, O Adivinho, O Grande Fosso, O Escudo de Arverne, A Foice de Ouro…). Aqui, o íris é um símbolo de bondade e de plenitude, ou pelo menos assim se espera…
Matasétix, o famoso chefe gaulês, não parece muito feliz nesta imagem… O que é que se passa na aldeia?
Sim, é verdade. É preciso reconhecer que já o vimos em melhor forma. Este método positivo tem impacto sobre os nossos amigos gauleses e nem todos ficam satisfeitos. É o que acontece ao nosso chefe, que vai atravessar uma crise…
Fabcaro
Fabrice Caro, que também assina Fabcaro, é autor de banda desenhada e romancista. De entre a sua prolífica obra iniciada em 1996, podem citar-seLe Steak haché de Damoclès(2005),La Bredoute (2007) eOn est pas là pour réussir(2012). O sucesso chega em 2015 com o álbumZaï zaï zaï zaï.Em 2016, assina o argumento das novas aventuras de Gai-Luron, desenhadas por Pixel Vengeur (Fluide Glacial). Em 2018 é publicada uma outra obra muito notada, que mistura humor absurdo e sátira social: Moins qu’hier (plus que demain).O seu romanceLe Discours(2018) foi adaptado ao cinema por Laurent Tirard em 2020. Em 2022 publicaGuacamole vaudou,um romance fotográfico humorístico que conta com a participação do comediante excêntrico Éric Judor.
Capa provisória de Astérix – O Íris Branco
MATASÉTIX
Ser chefe, e filho do antigo chefe da aldeia, eis o que carateriza este homem, sobretudo quando se trata de presidir aos destinos da única aldeia gaulesa capaz de resistir ainda e sempre às legiões romanas. Escudado por grandes guerreiros como Astérix e Obélix, poder-se-ia pensar que a tarefa de Matasétix é fácil.
Desenganem-se! O nosso líder – chefe «incontestável», embora por vezes contestado! – já teve de enfrentar mais do que uma vez várias provas, a concorrência e as recorrentes (quiçá demasiado recorrentes) quedas do escudo, isto para já não falar do azedume de algumas críticas que a sua esposa Boapinta lança ao seu «Bacorinho», quando por exemplo lhe põe os nervos em franja ao atirar-lhe à cara o sucesso do seu cunhado Homeopatix (que, diga-se de passagem, o trata por «Não-sei-quantos» em Os Louros de César, 1972)!
Mas não nos esqueçamos daqueles momentos de bravura em que, vencendo um épicoCombate dos Chefes(1966), enfrentando sem medo os Belgas (Astérix entre os Belgas, 1979) que se gabavam de serem os mais corajosos, defrontando a concorrência de Ortopédix (O Presente de César, 1974), ou resistindo a uma pavorosa cura emO Escudo de Arverne(1968), Matasétix nunca se furtou a defender a honra da sua aldeia, ou até mesma de toda a Gália. A personagem evolui ao longo dos álbuns e torna-se numa personagem política por direito próprio: ligeiramente narcisista, ávida de discursos intermináveis e colocando-se a si própria num pedestal.
O seu principal receio: que o céu lhe caia em cima da cabeça! Mas será isso motivo para um ar tão desnorteado? Ou o motivo terá a ver com o nosso famoso íris branco?
O ÍRIS BRANCO: UMA FLOR MUITO ESPECIAL
Por Laurence Gossart, Professora Doutora em Artes da Universidade de Paris / Panthéon-Sorbonne
Qual é a história do íris?
O íris é uma flor que apareceu no período Cretácico, isto é, há 80 milhões de anos. É uma pequena flor, a que a história conferiu grande valor. É antes de mais um dos símbolos egípcios, associado sobretudo a Hórus, o deus da alvorada e do crepúsculo. Mas Íris é também uma divindade grega, benevolente mensageira dos deuses e favorita de Hera, pois é muitas vezes portadora de boas notícias. Íris, em grego antigo, significa o arco-íris, por onde a deusa se desloca quando vem à Terra. A flor é o reflexo do seu nome, encarnado assim a amplitude da paleta de cores.
Há inúmeras variedades de íris: íris-dos-pântanos (também conhecido como lírio-dos-pântanos), iris pallida, iris siberica, iris germanica e a sua subespécie iris florentina. Este último, de cor branca, é ao que tudo indica a flor que na Antiguidade se encontrava disseminada por todo o litoral da bacia mediterrânica, e de que Gregos e posteriormente Romanos fizeram uso recorrente. Mais tarde, no século VI, Clóvis, rei dos Francos, fez do íris o símbolo que hoje conhecemos sob o nome de flor-de-lis. Diz-se que, durante a guerra que travou com os Visigodos, um veado atravessou o rio Vienne, mostrando assim ao exército uma passagem entre as duas margens que aproveitava uma faixa de terreno estabilizado por rizomas de íris.
Como foi o íris utilizado por esses povos e qual o seu significado?
Sonho branco – extraído do conjunto Sonhos de uma Vida de Íris, 2019, 9,5 x 14 cm, lápis de grafite sobre papel esponjoso. Desenho de Laurence Gossart.
Verdadeira planta mágica, o íris possui numerosas virtudes e assume simbologias diversas. É uma das plantas mais cobiçadas pelas suas propriedades terapêuticas, sendo utilizada em inúmeros remédios naturais. Na Grécia, esta flor adornava os túmulos em homenagem à deusa Íris, uma das missões da qual seria cortar os cabelos das mulheres quando estas morriam, antes de as guiar até à sua última morada.
Quanto aos Romanos, viam a representação das pétalas das flores como símbolos de sabedoria, fidelidade e bravura. Por essa razão, era comum plantar íris azuis e brancos nos templos dedicados a Juno. Deusa, mulher e flor, o íris é também, na poesia, a encarnação da mulher amada. Sinónimo de coragem e de fidelidade, esta flor é ainda portadora de sabedoria e conhecimento acrescidos. Representado o ardor, é igualmente símbolo de uma inteligência superior.
No que diz respeito ao íris branco, há que começar por assinalar que o arco-íris resulta da difração da luz branca e exibe uma explosão de cores. O íris branco é portanto, em si mesmo, a encarnação de uma ideia paradoxal: é simultaneamente as cores e a cor. Mas, na linguagem das flores, este aparente paradoxo esvai-se: diz-se, aliás, do íris, que ele é o prenúncio de um amor terno ou de uma união.
E o que têm a ver os nossos amigos gauleses com tudo isso?
Terão ficado inebriados com as fragrâncias emanadas dos campos de íris na primavera? Ter-se-ão banhado com as suas pétalas para se purificarem e afastarem os maus espíritos (prática habitual no Japão)? Terão mastigado os seus rizomas ou venerado o íris como os Gregos e os Romanos? É bem possível. O Mundo Romano, tal como a Gália, são territórios que o íris já ocupava muito antes dos seus habitantes… Portadora de boas notícias e de bondade, esta pequena flor iluminava vales e planícies com a sua sabedoria antes de adornar os templos ou ser usada em poções.
OS CRIADORES
Estamos em 1959 d.C. O argumentista René Goscinny e o desenhador Albert Uderzo estão sob grande pressão. Têm de criar uma série de BD baseada na cultura francesa que seja completamente original, para o primeiro número da revista Pilote que deverá sair dali a poucas semanas. No apartamento de Albert Uderzo, os dois autores dão voltas à cabeça numa sessão de brainstorming que haveria de ficar para a História: – Diz-me lá os períodos mais marcantes da História de França – atira René. – Bem, há o período da Pré-História… – alvitra Albert. – Não, já foi utilizado – responde o amigo. – E se fosse a Gália e os Gauleses? René agarra imediatamente a deixa e as ideias começam a brotar em catadupa. – Em duas horas, tudo ficou feito, decidido… – conta o argumentista. Foi assim que começaram As Aventuras de Astérix, a 29 de outubro de 1959, no primeiro número da revista Pilote. Rapidamente toda a Gália foi ocupada pelos Romanos, pela poção mágica, pelos jogos de palavras e por sibilinas citações latinas. Toda? Sim, toda! Para grandes momentos de aventuras e gargalhadas!
Chama-se “Nineteen Steps” e é uma “história épica de amor, perda e segredos” que acontece durante a Segunda Guerra Mundial.
Afinal, Millie Bobby Brown, a estrela de “Stranger Things”, faz muito mais do que séries e filmes. A atriz britânica vai publicar o seu primeiro livro de ficção, “Nineteen Steps” (19 Passos) ainda este ano, anunciou a editora William Morrow (uma marca da HarperCollins), esta sexta-feira, 24 de março.
O romance “Nineteen Steps” é descrito pela editora como uma “história épica de amor, perda e segredos” que conta a história de Nellie Morris, uma rapariga de 18 anos que vive com a sua família em Bethnal Green durante a Segunda Guerra Mundial. Após um encontro casual com um piloto americano que estava de paragem, ocorre um terrível acidente durante um ataque aéreo — e as consequências são catastróficas.
“Inspirado pela minha avó Ruth, este livro é muito pessoal e próximo ao meu coração”, disse a atriz britânica, que cresceu a ouvir “histórias sobre a sua época de guerra” e está honrada “por manter esta história viva”. A avó de Millie Bobby Brown sobreviveu ao desastre da estação de metro de Bethnal Green, um acidente que matou várias pessoas no Reino Unido durante a Segunda Guerra Mundial.
“Fiquei incrivelmente comovida com a verdadeira tragédia no centro do romance e encantada com o inesquecível retrato do amor em tempos de guerra”, disse a editora Liz Stein, citada pelo “Deadline”. O primeiro livro de Millie Bobby Brown vai ser publicado nos Estados Unidos no dia 12 de setembro.
O Plano Nacional de Leitura vai dedicar uma semana de atividades em cinco cidades de norte a sul do país ao desafio de aproximar toda a comunidade dos livros e mostrar que "a leitura é de todos".
A partir de segunda-feira, o Plano Nacional de Leitura (PNL) 2027 inicia uma semana de viagem em que vai passar por Braga, Condeixa-a-Nova, Faro, Évora e Lisboa com várias atividades programadas em escolas, bibliotecas e teatros.
O objetivo, explicou à Lusa a comissária do PNL 2027, é dar visibilidade a projetos locais, apresentar novas iniciativas e celebrar a leitura na comunidade, desmistificando também a ideia de que o PNL é apenas para as escolas.
"Acho que há muito essa imagem, se calhar porque tem havido um trabalho mais sistemático e intencional com as escolas, que tem de continuar a haver, mas queremos que esse trabalho exista para a comunidade", sublinhou Regina Duarte.
A missão é ambiciosa, admitiu a comissária, mas já na segunda-feira será apresentada uma nova iniciativa que a responsável espera possa vir a contribuir para esse objetivo: o "Lab PNL", uma espécie de incubadora de projetos de leitura, aberto a toda a comunidade.
"Vamos apoiar projetos de municípios, associações culturais, bibliotecas e projetos escolares. Queremos que seja um espaço congregador que dê resposta à missão do PNL, que é promover a leitura e melhorar os níveis de literacia para o país em geral", explicou Regina Duarte.
Exposições, sessões de leitura, debates, 'performances' artísticas e concertos são algumas das atividades previstas no programa de cinco dias que arranca na segunda-feira em Braga e termina na sexta-feira em Lisboa.
Pelo caminho, serão apresentadas outras iniciativas como o Plano de Ação para a Leitura e a segunda fase da Leitura Orientada em Sala de Aula, ambos dirigidos às escolas, ou o Roteiro Livro-objeto, em colaboração com o Plano Nacional das Artes.
A 17.ª edição da Semana da Leitura encerra com um concerto da Lisbon Poetry Orchestra no Cineteatro Capitólio, em Lisboa, com a presença dos ministros da Educação, João Costa, e da Cultura, Pedro Adão e Silva.
"A leitura é de todos e queremos que seja celebrada e dessacralizada. A leitura não é só para ambientes fechados, tristes e sisudos, mas é para celebrar em festa, em espetáculos e em conversa", resumiu a comissária do PNL, que assumiu o cargo no ano passado, substituindo Teresa Calçada que se demitiu a meio do mandato de dez anos.
"A semana da leitura não é uma novidade do nosso mandato, mas a orientação que lhe estamos a dar sim. Queremos que seja um sinal claro do nosso trabalho, que tem de ser para todos", insistiu.
Num balanço sobre a evolução dos hábitos de leitura nos últimos anos, Regina Duarte mostrou-se otimista depois de alguns estudos relatarem fracos hábitos de leitura dos portugueses.
"Neste momento, parece haver uma inversão da tendência. Os jovens estão a ler muito mais e o mercado editorial tem crescido nos últimos dois ou três anos", afirmou, sublinhando que, ao contrário do que se parecia sentenciar, os livros não estão a morrer.
Que ideias distinguiam Adolf Hitler no seio do nacionalismo alemão? Qual o lugar da ideologia racial na respectiva hierarquia de prioridades? Que relações estabeleceram os nazis com as elites e massas alemãs? Que políticas concretas - na segurança interna, sociedade, economia, cultura e política externa - começaram por animar o seu regime? Em que medida as intenções originais embutidas nessas políticas se foram concretizando no decurso dos anos 30 do século XX? Qual a relação dessas aspirações com a escalada de radicalização e expansionismo de 1938 a 1941? Quão apto a precisar, perseguir e atingir os seus fins se pode dizer, afinal, que o regime de Hitler era?
Procurando aliar rigor científico e legibilidade, apoiando-se numa vasta gama de fontes, esta obra reconstrói os móbeis, a marcha vertiginosa e as perspectivas do nazismo, entre 1919 e 1941, em busca de respostas sólidas para estas e outras questões.
Sobre o Autor:
Henrique Varajidás nasceu no Porto, em 1985, residiu em várias cidades portuguesas e estabeleceu-se em Vila Nova de Gaia. Doutorado em Ciência Política e Relações Internacionais, é professor na Faculdade de Direito e Ciência Política da Universidade Lusófona, no Porto.
Uma cabana sem janelas no bosque. Uma corrida desesperada para escapar ao terror e encontrar a segurança.
Quando uma mulher consegue fugir do cativeiro em que a têm mantido, o final da história é apenas o princípio do seu pesadelo.
Diz chamar-se Lena, como a rapariga desaparecida catorze anos antes, e até tem uma cicatriz igual à dela. Porém, o pai de Lena garante que esta mulher não é a sua filha. Com ela, escapou também Hannah – uma menina pequena e frágil –, cujas palavras indiciam que algo muito grave aconteceu numa cabana isolada.
Entretanto, o pai de Lena, devastado com toda a situação, procura juntar as peças deste estranhopuzzle, mas elas parecem não encaixar. Por sua vez, a mulher que fugiu só quer poder recomeçar a sua vida, no entanto, algo lhe diz que quem a capturou quer de volta aquilo que lhe pertence…
Com muitosuspensee psicologicamente envolvente,A Rapariga da Cabana, de Romy Hausmann, é umthrillerperturbador que não deixará ninguém indiferente.
Sobre a Autora:
Romy Hausmann nasceu na Alemanha Oriental em 1981. Aos vinte e quatro anos tornou-se editora-chefe numa produtora cinematográfica em Munique. A Rapariga da Cabana, o seu primeiro thriller, esteve no topo das tabelas de vendas alemãs e foi publicado em vinte países. Está atualmente a ser produzida uma série de seis episódios a estrear na Netflix.
«A Rapariga da Cabanamarca o aparecimento de um novo talento e de uma aquisição perfeita para a biblioteca de qualquer leitor dethrillers.»
The Book Reporter
«Estethrillersombrio e inquietante assinala definitivamente Hausmann como uma autora a que devemos estar atentos.»
Publishers Weekly
«Tão arrebatador como sugestivo.»
The New York Times
«Sempre que vira a página, o leitor é atraído por uma nova reviravolta ou por mais uma revelação.»
Uma saga familiar com gangsters, épica e frenética, passada na Índia contemporânea.
Sobre o Livro:
É madrugada em Nova Deli. Cinco sem-abrigo são colhidos por um Mercedes-Benz. Entre os mortos há uma grávida e o seu marido. Faz frio, seis graus. Minutos mais tarde a polícia vai descobrir o culpado, alguém que não deveria estar ao volante de um carro daqueles, porque apesar de ser um belo rapaz e bem vestido, é de classe baixa.
O rapaz, viremos a saber, é Ajay. Quando tinha nove anos foi vendido pela mãe para pagar uma dívida. Cresceu na miséria, subiu a pulso e quando o romance começa é o homem de mão de Sunny, um playboy (e herdeiro) da poderosíssima família Wadia. Através dele entramos no outro lado da Índia, governada por uma classe corrupta e violenta.
A Idade do Vício vai navegar sempre entre esses dois universos, os ricos e os pobres; mas também entre diferentes geografias, que vão de uma caótica Nova Deli ao interior rural dos que nada têm. Numa escrita energética, pujante, irresistível, Deepti Kapoor constrói um romance épico onde encontramos todos os sintomas (e doenças) de um mundo que é o nosso, servidos com a exuberância plástica do Quem Quer Ser Bilionário? e o perfume literário de O Tigre Branco.
Sobre a Autora:
Deepti Kapoor cresceu no Norte da Índia e trabalhou durante vários anos como jornalista em Nova Deli. É autora do romance Bad Character, ainda não publicado no nosso país. Vive atualmente em Portugal com o marido.
Depois de Oceano - O Reino das Águas, poema épico e fantástico (primeira obra do poeta, publicada em 2021), Nero apresenta-nos um poemário enraizado em memórias e referências autobiográficas que, simulando o seu percurso de vida, viaja do esplendor bucólico ao sepulcro citadino, acabando por regressar ao âmago da natureza como via inevitável para o apaziguamento cósmico e para a transcendência.
A deambulação poética como ritual ascético, na qual a musicalidade dos versos, carregada de símbolos e de múltiplos sentidos, acaba por arvorar num urgente grito biofílico - tão rouco na contemporaneidade, mas cujo eco se perde - ou se acha - na intemporalidade.
Despindo-o em adjetivos, Telúria será belo, duro e desolador — o primeiro livro de uma trilogia informal, a Trilogia do Espírito, cujos restantes dois títulos serão publicados nos anos vindouros.
Sobre o Autor:
Nero, pseudónimo de Roberto Simões, nasceu no Algarve. Estudou Língua e Literatura Portuguesa na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. O seu espírito criativo revelou-se cedo, escrevendo histórias desde criança. Aos quinze anos, entregou-se a uma só história. Desenvolveu-a, aprofundou-a e maturou-a, por dezoito anos, criando um universo próprio. Escreveu-a, reescreveu-a e reescreveu-se, até que se lhe rendeu. Assim nasceu «Oceano – O Reino das Águas».
Baek Sehee é uma jovem gestora de redes sociais de sucesso que começa a ter consultas de psiquiatria por causa da sua… como lhe chamar… depressão?
Sente-se persistentemente baixa, ansiosa, insegura, mas também extremamente crítica dos demais. Baek esconde bem os seus sentimentos, mas o seu esforço é cansativo, esmagador e impede-a de criar relações profundas. Isto não pode ser normal, pensa. No entanto, se está assim tão desesperada, como é que pode ansiar pela sua comida de rua favorita: tteokbokki?
Baek Sehee, a autora, regista, sob a forma de diálogo, as suas consultas de psiquiatria ao longo de doze semanas, as quais enriquece com os seus próprios micro-ensaios reflexivos.
Em parte livro de memórias, em parte livro de auto-ajuda, este bestseller imediato sul-coreano Quero Morrer, mas Também Quero Comer Tteokbokki ajuda-nos a sentirmo-nos menos sós e injustificados, envolvendo-nos com a sua escrita intimista.
No fim, será que teremos resposta para a pergunta: É mesmo isto que é a vida?
Sobre a Autora:
Baek Sehee nasceu em 1990, em Seul, na Coreia do Sul. Estudou Escrita Criativa na universidade tendo posteriormente trabalhado cinco anos numa editora.
«Uma visão verdadeiramente reveladora dos momentos mais vulneráveis da vida de uma pessoa vista de uma nova forma.» Cosmopolitan
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