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Little Tomodachi (ともだち)

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01
Jun23

Mais de 500 crianças ucranianas já morreram na guerra, diz ONU

Niel Tomodachi

Pelo menos 525 crianças morreram por causa da invasão russa na Ucrânia, que aconteceu em fevereiro de 2022, revelou hoje o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), quando se celebra o Dia Mundial da Criança.

Mais de 500 crianças ucranianas já morreram na guerra, diz ONU

"Neste Dia Mundial da Criança não há muito a comemorar na Ucrânia, onde os civis, inclusive crianças, continuam a pagar um alto preço" pela guerra desencadeada pela Rússia, afirmou a representante da agência da ONU na Ucrânia, Matilda Bogner, num comunicado.

Só no mês de maio, seis crianças morreram e outras 34 ficaram feridas em ataques na Ucrânia.

Em 14 meses de conflito, 525 crianças foram mortas - pelo menos 219 destas eram raparigas -- e outras 1.047 ficaram feridas em 289 cidades ucranianas, de acordo com as estatísticas das Nações Unidas.

A maioria foi vítima de ataques com armamentos explosivos de ampla capacidade destrutiva, incluindo mísseis e projéteis lançados por meio de ataques aéreos.

No total, pelo menos 9.000 civis morreram e 15.000 ficaram feridos na guerra. A ONU referiu que estas cifras podem ser muito maiorres, nomeadamente devido à falta de dados completos em zonas da frente de batalha e outras com combates intensos.

 

05
Abr23

Os estragos irreparáveis que a guerra causou ao património histórico da Ucrânia

Niel Tomodachi

Cerca de 250 monumentos foram danificados ou completamente destruídos desde o início da guerra na Ucrânia, a 24 de fevereiro do ano passado.

A contabilidade foi feita pela UNESCO, que deu conta de “graves danos ao património e aos locais culturais” do país. E avaliou os prejuízos em qualquer coisa como 2,3 mil milhões de euros.

A invasão russa da Ucrânia provocou estragos irreparáveis em espaços públicos dedicados à cultura, ao desporto e ao entretenimento, segundo a UNESCO.

A diretora-geral da instituição, a francesa Audrey Azoulay, estima que serão necessários 6,3 mil milhões de euros para recuperar os pontos afetados para níveis iguais ou próximos ao que se encontravam antes do início do conflito militar.

“Vamos ajudar as autoridades ucranianas a elaborar um plano de reconstrução nacional para o setor cultural”, prometeu Audrey Azulay, citada pela agência AFP.

Sete locais culturais e um parque natural da Ucrânia estão classificados como Património Mundial da UNESCO.

A lista completa pode ser consultada aqui.

Dezasseis outros locais fazem parte da lista provisória de candidatos ao mesmo estatuto, aguardando apenas uma solicitação formal do Governo de Kiev para receber o título.

 

24
Mar23

Iémen. Oito anos de guerra deixaram 11 milhões de crianças na pobreza

Niel Tomodachi

Os oito anos da devastadora guerra civil no Iémen deixaram mais de 11 milhões de crianças a necessitar de ajuda humanitária, denunciou hoje o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), apelando a donativos da comunidade internacional.

Iémen. Oito anos de guerra deixaram 11 milhões de crianças na pobreza

Num comunicado, a UNICEF apresenta os números trágicos de um conflito que matou ou feriu mais de 11.000 crianças entre março de 2015 e novembro de 2022, lembrando que, sem uma ação urgente, milhões de iemenitas, sobretudo jovens, irão enfrentar um risco cada vez maior de subnutrição.

"Mais de 540.000 crianças menores de cinco anos sofrem de subnutrição aguda grave, e uma criança morre a cada 10 minutos de causas preveníveis. Sem o apoio da UNICEF nesta complexa crise humanitária, as hipóteses de sobrevivência e desenvolvimento das crianças reduzem-se significativamente", escreve a organização no comunicado.

Para a UNICEF, que apelou a donativos no valor de 484 milhões de dólares (445 milhões de euros), a crise humanitária no Iémen resulta de "uma convergência devastadora de fatores agravantes".

"Após oito anos de conflito, o colapso económico e o sistema de apoio social fragilizado afeta os serviços básicos. O conflito também exacerbou a atual crise de subnutrição no país, onde 2,2 milhões de crianças sofrem de subnutrição aguda", alerta ainda.

Segundo o representante da UNICEF no Iémen, Peter Hawkins, a vida de milhões de crianças vulneráveis naquele país "continua em risco" devido às "consequências quase inimagináveis e insuportáveis" de uma guerra "esmagadora e interminável".

"Mais de 4.000 crianças foram recrutadas e utilizadas pelas partes envolvidas no conflito e houve mais de 900 ataques contra instalações de educação e saúde ou a sua utilização militar, o que impede o exercício dos direitos básicos das crianças, como o acesso seguro e adequado à saúde e educação. Como estes são apenas os números oficialmente verificados, o verdadeiro impacto desta guerra é provavelmente muito mais elevado", denuncia Hawkins.

Segundo a UNICEF, os anos de conflito provocaram "miséria e sofrimento", deixando cerca de oito milhões de pessoas a necessitar de acesso a serviços de saúde mental e psicossociais no Iémen.

"Devido às múltiplas ameaças e deslocações, verifica-se frequentemente o recurso a mecanismos de resposta negativos como o casamento infantil, o trabalho infantil e, em muitos casos, o recrutamento de crianças para combater", refere a agência da ONU. 

Segundo os dados da UNICEF, a situação das crianças deslocadas internamente continua a ser motivo de grande preocupação, pois mais de 2,3 milhões de crianças ainda vivem em campos de deslocados, onde o acesso a serviços básicos de saúde, nutrição, educação, proteção, água, higiene e saneamento continua a ser inadequado.

"Muitas crianças e famílias sentem-se presas num ciclo perpétuo de desespero. Ao visitarmos recentemente uma família deslocada há mais de sete anos, apercebemo-nos de que, para muitas famílias, pouco mudou na sua situação para além dos rostos das crianças. Elas cresceram a conhecer apenas o conflito e dar-lhes alguma esperança num futuro de paz é absolutamente vital", relata Hawkins.

Em 2023, a UNICEF precisa "urgentemente" dos 445 milhões de euros para continuar a responder aos desafios de cariz humanitário, pois, caso contrário, "poderá ser forçada a reduzir a sua assistência às crianças vulneráveis".

"As crianças do Iémen deveriam poder olhar para o futuro com esperança e não com medo. Apelamos a todos que nos ajudem a concretizar essa esperança de uma população cansada e à da beira do abismo," afirma Hawkins, que destaca que, em 2022, a UNICEF conseguiu salvar, apesar dos poucos meios, milhares de iemenitas.

"[A UNICEF conseguiu] apoiar o tratamento contra a subnutrição aguda grave de mais de 375.000 crianças em 4.584 instalações de cuidados saúde primários e em 34 centros de alimentação terapêutica, proporcionar transferências monetárias de emergência a quase 1,5 milhões de agregados familiares por trimestre, beneficiando cerca de nove milhões de pessoas", enumera o representante da agência da ONU.

Hawkins destaca também os programas de ajuda alimentar, sanitária, educacional, psicossocial e acesso a água potável, apoiando, no total, mais de 5,2 milhões de crianças.

Desde março de 2022 que vigora um frágil cessar-fogo, momento a partir do qual não foram registados quaisquer ataques aéreos perpetrados pela coligação militar internacional liderada pela Arábia Saudita e apoiada pelos Estados Unidos contra os rebeldes xiitas Huthis (apoiados por Teerão), que controlam a maior parte do país, incluindo a capital Sanaa.

O cessar-fogo, porém, expirou em outubro, apesar dos esforços diplomáticos para renová-lo, gerando receios de que a guerra poderá escalar novamente. 

Os combates associados à guerra civil no Iémen causaram a morte a mais de 150.000 pessoas, incluindo mais de 14.500 civis.

O conflito é considerado pela ONU como a maior tragédia humanitária do planeta, atualmente, com 80% da população do país a necessitar de algum tipo de assistência para colmatar as suas necessidades básicas.

Localizado no Médio Oriente, junto ao Mar Arábico, Golfo de Aden e Mar Vermelho, e com fronteiras com Omã e a Arábia Saudita, o Iémen tem uma população de cerca de 33 milhões de pessoas.

 

22
Fev23

Ucrânia: Um ano para mudar a cultura

Niel Tomodachi

Além da emergência humanitária, a preservação da cultura ucraniana foi uma das linhas de combate do governo de Kiev. O património cultural ameaçado foi alvo de várias manobras políticas e culturais ao longo do último ano.

Património ucraniano reconhecido foi uma das emergências de Kiev

Desde a invasão russa, os ucranianos entraram em emergência contra o apagamento da sua identidade cultural. No lado artesanal e mais visível, correram para tentar proteger monumentos e edifícios com sacos de areia e barricadas. A Ucrânia acusou a Rússia de quase 500 crimes de guerra contra o património cultural ucraniano, mas nem sempre a comunidade internacional corroborou esta contabilidade.

Outra das manobras foi política, com a tentativa de inscrição das cidades como Património Mundial. A agência cultural das Nações Unidas (UNESCO) adicionou em janeiro o centro histórico da cidade ucraniana de Odessa à Lista do Património Mundial, descrevendo como "o dever de toda a humanidade" de protegê-lo. Os 21 estados membros do comité patrimonial aprovaram a designação com seis votos a favor, um contra e 14 abstenções, o que prova que, nos assuntos da guerra, nem sempre as coisas são claras.

Esta distinção já tinha sido pedida pelo presidente ucraniano Volodymyr Zelensky em outubro. A cidade também foi adicionada à lista de patrimónios mundiais em perigo, o que a UNESCO garante "dá acesso a assistência técnica e financeira internacional reforçada" para protegê-la ou reabilitá-la.

Segundo as contas das autoridades ucranianas, desde o início da invasão foram "destruídos ou danificados 23 monumentos de importância nacional, 109 de importância local, 108 objetos que estavam em edifícios históricos e sete objetos do património cultural recentemente descobertos. Os ataques russos destruíram ou danificaram 361 objetos de arte e instituições culturais", acusou Kiev.

Mas, no último relatório da UNESCO, do final do verão, a contabilidade foi distinta, com 170 monumentos e sítios históricos do património cultural ucraniano, atingidos pela guerra. Entre elas estavam as igrejas da Natividade e da Santíssima Trindade, em Kiev, o Memorial do Holocausto, em Kharkiv, o Museu de Belas Artes de Odessa, e os museus de Mariupol e Melitopol, ambos sujeitos a destruição e saque.

No âmbito da museologia, outro dos fenómenos foi o da renomeação, quando a National Gallery, em Londres decidiu mudar o nome da obra do francês, Edgar Degas de "Russian dancers" para "Ukrainian dancers", em abril, inúmeras instituições repensaram as designações. Um dos últimos episódios decorreu a semana passada no MET, em Nova Iorque com a renacionalização de três artistas: Ivan Aivazovsky, Arkhyp Kuindzhi, and Ilya Repin - do século XIX, que passaram de russos a ucranianos. A instituição defendeu que era uma entropia recorrente e dependia dos curadores, pois na época as fronteiras eram muito voláteis.

 

Cultura de benefício e cancelamento

Várias instituições internacionais cortaram relações com a Rússia. Em resposta à guerra, o Museu Hermitage, de São Petersburgo, foi dos que mais sofreu com boicotes culturais. Entre as instituições internacionais que suspenderam os laços com a instituição estão a Hermitage Foundation U.K. e o Hermitage Amsterdam. Mikhail Piotrovsky, diretor da instituição, que não condenou publicamente a guerra, disse estar concentrado em estabelecer relações internacionais fora da Europa, com "a China, Dubai e Abu Dhabi".

Também a mítica leiloeira Sotheby's, em Londres, anunciou a proibição de compradores de arte da Rússia e boicotou também aqueles cuja riqueza provém do país. Com os novos regulamentos e a proibição de exportação de arte para a Rússia pelo Reino Unido, também a famosa casa de leilões alemã Ketterer Kunst interrompeu as relações com clientes russos.

Se, por um lado, houve uma cultura de cancelamentos e castigos, houve também uma cultura de benefícios. A Ernst von Siemens Art Foundation, em Berlim, estabeleceu um programa para curadores refugiados ucranianos por um ano. Várias instituições alemãs incluindo museus em Berlim, Dresden, Gotha, Lubeck Augsburg e Potsdam, alargaram a oferta oferecendo emprego, não só a curadores ucranianos como a russos, em perigo pelas suas posições públicas antiguerra.

O Kunstmuseum em Basel, na Suíça fez em dezembro, uma importante mostra com 31 artistas ucranianos da Kyiv National Art Gallery, a que chamou "Born in Ukraine". Também na Suíça, em Genebra, o Musee Rath tem patente, até abril, a exposição 'From Dusk to Dawn' apresentada pela Kyev National Art Gallery. O Museu Thyssen-Bornemisza, em Madrid, organizou em novembro, a mostra "In the eye of the storm: Modernism in Ukraine, 1900-1930s'".

Vários artistas responderam internacionalmente à invasão, uma delas foi Marina Abramović que decidiu reapresentar a performance "The artist is present", na Sean Kelly Gallery, em Nova Iorque. Todos os recursos arrecadados foram para a Direct Relief, na Ucrânia.

Depois de visitar a Ucrânia e ver a devastação, Banksy o elusivo artista de rua britânico anunciou a arrecadação de fundos para apoiar os civis afetados por meio da Fundação Legacy of War. Banksy criou um conjunto limitado de 50 serigrafias, e anunciou que o dinheiro seria usado para comprar novas ambulâncias, veículos de transporte, aquecedores e geradores vitais para sobreviver ao inverno.

 

20
Mai21

"Se há inferno na Terra, é a vida das crianças em Gaza"

Niel Tomodachi

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, considerou hoje que "se há inferno na Terra, é a vida das crianças em Gaza" e criticou as violações às leis da guerra no conflito entre Israel e Palestina.

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Em discurso perante a Assembleia Geral da ONU, onde hoje decorre uma reunião plenária sobre o Médio Oriente, Guterres voltou a pedir a cessação imediata das hostilidades entre Israel e Palestina e declarou que "se há inferno na Terra, é a vida das crianças em Gaza", que vivem entre ataques e veem as suas casas destruídas.

Segundo a ONU, 60 crianças morreram nos combates que se iniciaram há 10 dias, num número total de mortos que se estima ser de 239, e dos quais 208 são palestinianos.

"Os combates deixaram milhares de palestinianos sem casa e forçou mais de 50 mil pessoas a deixar as suas casas e procurar abrigo em escolas, mesquitas e outros lugares da ONU com pouco acesso a água, comida, higiene ou serviços de saúde", lamentou o secretário-geral.

António Guterres criticou de forma igual as duas partes em conflito - Israel e o movimento islâmico Hamas - por violações às leis da guerra e ao direito internacional humanitário.

"Até as guerras têm regras. Em primeiro lugar, os civis devem ser protegidos", declarou o português, apelando a Israel a permitir e facilitar o acesso de ajuda humanitária às vítimas em Gaza.

"Ataques indiscriminados e ataques contra civis e propriedades civis são violações das leis de guerra" e "o mesmo ocorre com os ataques contra alvos militares, que causam perdas desproporcionais de vidas civis e ferimentos a civis", avaliou.

O secretário-geral da ONU considerou que "não há justificação, incluindo contraterrorismo ou autodefesa, para a abdicação das obrigações sob o direito internacional humanitário".

Guterres exortou as autoridades israelitas a "exercer a máxima contenção na condução das operações militares", em particular a respeitar as leis sobre o "uso proporcional da força", e a parar com as demolições e evacuações dos territórios palestinianos ocupados, incluindo Jerusalém Oriental.

"Todas as atividades de assentamento, incluindo despejos e demolições, são ilegais segundo o direito internacional", lembrou Guterres.

Os recados ao movimento Hamas incluíram apelos para o fim do "lançamento indiscriminado de 'rockets' a partir de bairros altamente povoados para centros populacionais civis de Israel".

António Guterres voltou a defender a solução de dois Estados e pediu a retoma das negociações no conflito: pediu a "acabar com a ocupação e permitir a realização de uma solução de dois Estados com base nas linhas de 1967, resoluções da ONU, direito internacional e acordos mútuos, com Jerusalém como capital de Israel e Palestina".

O secretário-geral da ONU declarou estar a trabalhar para alocar recursos do Fundo Central de Resposta a Emergências (CERF, na sigla em inglês) e anunciou que o departamento da ONU para Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) pretende doar 14 milhões de dólares (11,5 milhões de euros) aos territórios palestinianos ocupados.

Apesar de não ter tido contacto direto com as autoridades de Israel, segundo o porta-voz do secretário-geral, Guterres declarou estar a realizar "esforços diplomáticos extensivos na região", com o Egito, a Jordânia e o Qatar.

António Guterres declarou também que estes "eventos horríveis" devem ser vistos "no contexto de décadas de ocupação militar, impasse político, sofrimento, desespero e uma falha em abordar as questões centrais do conflito".

No passado domingo, numa reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU sobre o Médio Oriente, Guterres alertou para uma "crise descontrolada" humanitária e de segurança, com consequências extremas em toda a região.

O Conselho de Segurança, constituído por 15 Estados-membros, ainda não foi capaz de emitir uma declaração conjunta de condenação ou apelo às hostilidades, por vetos dos Estados Unidos da América, que se opuseram a várias tentativas.

19
Mai21

Embaixada em Portugal mostra realidade em Israel aos olhos de uma criança

Niel Tomodachi

A Embaixada de Israel em Portugal mostrou o desenho de uma criança de seis anos, que vive em Israel.

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Embaixada de Israel em Portugal partilhou, na rede social Twitter, um desenho de uma criança que lida, diariamente, como o 'terror' em Israel. 

Ofri, de seis anos, vive em Ascalão, cidade em Israel, situada a norte da Faixa de Gaza. O desenho, que pode ver abaixo, retrata o seu quotidiano: "Correndo para um abrigo antiaéreo". 

Sem o cessar-fogo à vista em Gaza, os habitantes da região vivem em constante sobressalto, sob ameaça do lançamento de bombas e de rockets. 

O balanço mais recente indica que, pelo menos, 219 palestinos foram mortos, nos últimos dias, em ataques aéreos, incluindo 63 crianças e 36 mulheres, e 1.530 ficaram feridos, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, que não divide os números em combatentes e civis.

O Hamas e a Jihad Islâmica afirmam que pelo menos 20 dos seus combatentes foram mortos, enquanto Israel afirma que o número é de pelo menos 130.

Para além disso, em Israel, 12 pessoas, incluindo uma criança de cinco anos, foram mortas em ataques com foguetes.

Estes ataques ocorrem no momento em que esforços diplomáticos que visam um cessar-fogo ganharam força na comunidade internacional. As infraestruturas de Gaza, já enfraquecidas por um bloqueio de 14 anos, estão a deteriorar-se rapidamente.

A escalada da violência começou em 10 de maio, quando o Hamas disparou rockets em direção a Jerusalém em apoio aos protestos dos palestinianos contra o policiamento pesado de Israel no complexo da Mesquita de Al-Aqsa, um local sagrado para judeus e muçulmanos, e a ameaça de despejo de dezenas de famílias palestinianas na região de colonatos judeus.

19
Mai21

Cerca de 60 crianças mortas numa guerra onde são elas quem "paga o preço"

Niel Tomodachi

O combate entre o Hamas e as forças israelitas começaram no dia 10 de maio e o impacto dos bombardeamentos de lado a lado tem um resultado desigual, não só para os palestinianos, como também para as crianças.

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Galeria

Na galeria acima, depois das imagens de um bebé palestiniano que recupera no hospital Al-Shifa, na Faixa de Gaza, junto a outras crianças, também afetadas pela destruição causada pelos bombardeamentos, podemos ver o resgate de uma menina de seis anos, retirada com vida dos destroços de um prédio, depois dos ataques aéreos israelitas de domingo.

Os fotojornalistas captaram o momento em que populares e socorristas retiraram Suzy Eshkuntana do que restava de sua casa, onde morreu a sua mãe e todos os seus quatro irmãos, depois de várias horas encurralada nos escombros.

Suzy sobreviveu, mas a sua família não. A história da menina retrata de forma pungente o impacto que a guerra entre o movimento radical Hamas e Israel tem nas crianças, para sempre sobreviventes de guerra.

Ted Chaiban, diretor regional da UNICEF para o Médio Oriente e o Norte de África, indicou na semana passada que "a escalada de violência é massiva" e que "as crianças estão a pagar o preço desta escalada". "Todos os lados precisam de recuar e acabar com a violência. Todos os lados têm uma obrigação de proteger os civis - especialmente as crianças - e facilitar o acesso humanitário", apelou.

O enviado da ONU para o Médio Oriente, Tor Wennesland, fez a mesma asserção, no passado dia 15 de maio, quando o número de vítimas era menor. "As crianças continuam a ser as vítimas desta escalada mortal. Reitero que as crianças não podem ser um alvo de violência e colocadas em perigo. As hostilidades têm que parar já!"

 

Recorde-se que a Faixa de Gaza é um enclave palestiniano - controlado pelo Hamas - sob bloqueio israelita há mais de uma década e onde vivem cerca de dois milhões de pessoas. A nova escalada de violência provocou, na Faixa de Gaza, segundo as últimas atualizações, a morte a cerca de 200 palestinianos, incluindo 59 menores e 39 mulheres, bem como mais de 1.300 feridos. Do lado israelita foram contabilizadas, até ao momento, 10 mortes, entre elas a de dois menores.

(S)

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