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Little Tomodachi (ともだち)

Little Tomodachi (ともだち)

19
Mar23

Manuscrito original de "O amor de perdição" está de volta ao Porto

Niel Tomodachi

Até 8 de novembro, o manuscrito original do mais célebre romance de Camilo Castelo Branco regressa à cidade onde foi escrito há 162 anos, através de uma exposição na Livraria Lello.

Documento foi oferecido ao Real Gabinete de Leitura do Rio de Janeiro na década de 1940

Em 1861, o relacionamento extraconjugal mantido com Ana Plácido condenou Camilo Castelo Branco à prisão, num caso que apaixonou a opinião pública da época.

Durante os 18 meses em que esteve encarcerado na Cadeia da Relação, o romancista entregou-se furiosamente à escrita como forma de exorcizar as suas agruras.

Escrito em apenas 15 dias, "O amor de perdição" foi um desses livros. O manuscrito original está depositado desde 1943 no Real Gabinete de Leitura, no Rio de Janeiro, mas pode agora ser consultado até 8 de novembro na Livraria Lello, no âmbito de uma exposição que contextualiza a importância desta obra na literatura portuguesa.

Intitulada "O triângulo de Camilo", a exposição foi concebida em parceria com a instituição brasileira que detém o manuscrito e com a curadoria técnica da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra.
Inicialmente previsto para março de 2020, o projeto de disponibilização do histórico documento na cidade onde foi escrito teve que ser várias vezes adiado devido à pandemia.

 

15
Mar23

Quatro exposições celebram a BD portuguesa no Museu Bordalo Pinheiro

Niel Tomodachi

Mais de um século de banda desenhada portuguesa é lembrado em quatro exposições, a partir de sábado, no Museu Bordalo Pinheiro, em Lisboa, num fim de semana em que acontece também uma feira do livro, revelou este museu.

Quatro exposições celebram a BD portuguesa no Museu Bordalo Pinheiro

Uma das exposições relaciona a obra de Bordalo Pinheiro (1846-1905) com as origens da banda desenhada em Portugal e intitula-se "Fora do Quadrado".

"Através de um percurso que abrange toda a sua carreira artística, apresentamos nesta exposição uma variedade de jogos e soluções gráficas, e múltiplas relações entre texto e imagem, que ainda hoje surpreendem pelo seu grau de experimentação e liberdade criativa", lê-se na sinopse da exposição.

Outra das exposições foca-se no acervo que está a ser constituído para o futuro Museu da Banda Desenhada de Beja, com curadoria do autor e programador Paulo Monteiro.

Em Lisboa estarão trabalhos de 14 autores portugueses, "representativos da riqueza e diversidade" da BD portuguesa, desde inícios do século XX até à primeira década do século XXI, refere o Museu Bordalo Pinheiro.

O museu de Beja, que pretende contar a história da nona arte portuguesa, ainda não tem data oficial de abertura e conta atualmente com mais de 2.500 pranchas, esboços, estudos e outros materiais, de mais de uma centena de artistas.

A pequena amostra que estará em Lisboa conta com obras de Artur Correia, Eduardo Teixeira Coelho, Fernando Bento, Fernando Relvas, Filipe Abranches, Miguel Rocha, entre outros.

Estas duas exposições ficarão patentes até 18 de junho.

De menor duração, o Museu Bordalo Pinheiro acolhe ainda duas outras "exposições-relâmpago" durante uma semana: "Vírus", de André Ruivo, e a coletiva "Vivo Fanzine!".

"Vírus" recupera os desenhos que André Ruivo fez sobre a pandemia da covid-19 em Portugal e que foram publicados em livro em 2021 pelas Edições Xerefé.

A propósito da temática do trabalho, no domingo haverá uma conversa de André Ruivo, no museu, com a ex-diretora geral de Saúde, Graça Freitas, e o designer Jorge Silva.

"Vivo Fanzine!" apresenta-se como uma mostra coletiva de oito histórias curtas, de autores do curso de BD do Museu Bordalo Pinheiro. São eles Celina Adriano, Francisco Lança, José Bandeira, Luís Gama, Marcius Assis, Patrícia Furtado, Pedro Rodrigues e Yury Borgen.

No fim de semana de inaugurações, em complemento, está prevista uma feira do livro de banda desenhada, oficinas, sessões de caricatura e apresentação de livros.

Tudo isto acontece nas vésperas de celebração dos 177 anos de Rafael Bordalo Pinheiro, o multifacetado artista português, nascido a 21 de março de 1846.

 

12
Mar23

Arraiolos vai receber uma mega exposição de construções com LEGO

Niel Tomodachi

Estará patente de 24 de março a 2 de abril e contará com apresentação do maior tapete típico da vila alentejana feito com estas peças.

Sejam miúdos ou adultos, esta festa é para todos — só precisam gostar de LEGO. A vila alentejana no distrito de Évora mais conhecida pelos tapetes tradicionais está prestes a receber uma enorme exposição de construções feitas as peças e blocos mais famosos do mundo. A segunda edição do Arraiolos Fan Event for LEGO Lovers vai acontecer entre os dias 24 de março e 2 de abril, no Pavilhão Multiusos.

Monumentos, cidades, réplicas de viaturas, aviões, comboios, barcos, personagens e naves da saga Star Wars, figuras históricas, edifícios icónicos da arquitetura mundiais e cenários do quotidiano serão algumas das construções apresentadas. A grande novidade da exposição será a apresentação do maior tapete de Arraiolos em peças Lego: demorou cerca de 1100 horas a ser construído.

Como tudo o que envolve LEGO, a intenção é potenciar a aprendizagem através da brincadeira e da diversão em família, ao mesmo tempo que se adquirem conceitos relacionados com contagens, medidas e até programação. no recinto do evento haverá também um ponto de venda de conjuntos de peças e sets, bem como outros artigos relacionados com este universo. 

O evento é organizado pela Alfalug  — uma comunidade de construtores e fãs de LEGO, conhecida pela sua participação em exposições realizadas por todo o País — em parceria com o município de Arraiolos.

Poderá visitar a exposição de segunda a quinta-feira, das 10 às 21 horas; sexta-feira e sábado, até às 22 horas; domingo, dia 26, até às 21 horas, e no último dia, 2 de abril (domingo), das 10 às 18 horas. Quanto aos preços, a entrada é gratuita até aos três anos. Os miúdos dos quatro aos 12 anos pagam 2€, enquanto que o público geral terá de pagar 3€.

 

02
Mar23

Exposição “Amor Veneris” é transformada em livro com imagens e textos representativos

Niel Tomodachi

A apresentação do catálogo será realizada esta sexta-feira, 3 de março, no Palácio Anjos. A entrada é livre.

A poucos dias de encerrar e depois de quase nove meses de portas abertas ao público, a exposição “Amor Veneris — Viagem ao Prazer Sexual Feminino” continua a surpreender. Desta vez, a novidade é algo que manterá viva a memória do que a mostra foi e representou no seu todo. Será lançado um catálogo, em formato de livro, que retrata fotograficamente o espaço expositivo, a seleção de obras de 35 artistas nacionais e internacionais que lhe deram vida e ainda alguns textos a acompanhar. 

O lançamento da publicação está marcado para esta sexta-feira, dia 3 de março, às 19 horas no Palácio Anjos, em Algés, com entrada livre. O convite é feito por Marta Crawford, co-curadora da exposição e fundadora do Musex – Museu Pedagógico do Sexo, responsável pela mesma, e pelo Presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Isaltino Morais, entidade que apoiou o projeto desde o início. Ambos estarão presentes no evento.

Construída a partir do olhar de Marta Crawford, a publicação reúne várias imagens que representam a exposição, através das lentes de Fernando Guerra e António Jorge Silva. “Ao registar para a posteridade o universo artístico, científico e pedagógico que Amor Veneris encapsula, este catálogo procura fechar com chave de ouro o projeto que marcou a vida cultural do município de Oeiras ao longo dos últimos meses”, refere a organização.

Esta documentação é ainda acompanhada por artigos de vários autores, entre os quais Fabrícia Valente, Isabel Freire, Os Espacialistas, Sarah Chadwick e, ainda, Emília Ferreira, diretora do Museu Nacional de Arte Contemporânea, Patrícia Pascoal, psicoterapeuta e terapeuta sexual, e Rosa Monteiro, ex-secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, sobre a exposição e as temáticas que a compõem, contando também com o ensaio curatorial de Marta Crawford.

Veja a lista completa dos artigos presentes no catálogo:

— Apresentação (Isaltino Morais)

— Amor Veneris — Viagem ao Prazer Sexual Feminino (Marta Crawford)

— Pedagogia: Entre a Obra de Arte, Corpo e Espaço (Fabrícia Valente)

— Play Body — Cenas da Vida Interior de um Corpo Cenográfico (Os Espacialistas)

— Prazer Sexual, Satisfação Sexual e Orgasmo (Patrícia Pascoal)

— «Olha Mãe, eis-me de ventre liso e pernas abertas para a vida» (Isabel Freire)

— Uma História do Clitóris (Sarah Chadwick)

— Violência Sexual (Rosa Monteiro)

— As Muitas Pontas do Icebergue (Emília Ferreira)

O catálogo terá edição bilingue, em português e inglês. Com assistência editorial de Diogo Montenegro e consultoria editorial de David Rato, a publicação estará disponível para compra na bilheteira do Palácio Anjos.

“Amor Veneris — Viagem ao Prazer Sexual Feminino” é a primeira exposição do MUSEX — Museu Pedagógico do Sexo, realizada com o apoio do Município de Oeiras. A exposição enaltece o tema Amor Veneris (clitóris), numa perspetiva artística e científica, procurando promover uma experiência pedagógica, provocadora e irreverente. A mostra quis ainda levar o público a refletir sobre a pertinência do tema da sexualidade e do prazer sexual feminino, incidindo em temas como o consentimento e o não consentimento, a violência sexual sobre as mulheres e a resposta sexual feminina, entre outros.

Poderá visitar a exposição até à próxima quarta-feira, 8 de março, data em que se celebra o Dia da Mulher — e para o qual está a ser preparada uma programação especial. Os horários são: às terças, quartas, quintas e domingos das 11 às 19 horas, e sextas, sábados e feriados, das 11 às 20 horas. O bilhete custa 5€ e pode ser adquirido no Palácio Anjos ou online.

 
 
22
Fev23

Sintra vai receber uma mega exposição de camélias no Parque da Pena

Niel Tomodachi

O programa inclui sessão de chá e uma visita guiada à nova coleção inédita composta por 10 híbridos de Camellia azalea, de origem chinesa.

O mítico Parque da Pena, em Sintra, composto por vários jardins com espécies autóctones e exóticas de todo o mundo, vai transformar-se num verdadeiro show de camélias entre 25 e 26 de fevereiro. A Parques de Sintra pretende celebrar a beleza desta flor que pinta de rosa as quintas e jardins durante o inverno sintrense e que, ao longo dos tempos, tem inspirado bailes e festas, como é o caso da famosa Noite das Camélias, um dos maiores e emblemáticos eventos da vila. 

No último fim de semana de fevereiro, a Estufa do Jardim das Camélias do Parque da Pena vai receber a Exposição de Camélias, onde os visitantes poderão ver a riqueza e diversidade deste património botânico. A exposição pode ser visitada entre as 11 e as 19 horas, no dia 25 de fevereiro, sábado. A sessão de abertura, assim como a entrega de prémios aos melhores exemplares de camélias está marcada para as 15 horas. Segue-se um “Chá no Parque” e uma visita guiada à coleção de camélias do Parque da Pena, que inclui 386 cultivares pertencentes a 37 espécies diferentes e 27 híbridos.

Já durante o dia 26 de fevereiro, domingo, será possível visitar a exposição entre as 9 e as 19 horas. O evento é de entrada gratuita, mas é necessário a aquisição de bilhete para o Parque da Pena (7,50€) onde, para além da exposição, pode descobrir a coleção iniciada por D. Fernando II, no século XIX, e a nova coleção inédita que inclui 10 híbridos de Camellia azalea, de origem chinesa.

 

09
Dez22

Há 140 obras de pintura contemporânea para ver até 13 de dezembro em Lisboa

Niel Tomodachi

Grandes nomes das artes plásticas portuguesas estão expostos na Sociedade de Belas Artes. Seleção inclui obras de Paula Rego, Almada Negreiros e António Areal.

Mais de 100 peças de pintura contemporânea de grandes nomes das artes plásticas portuguesas estão em exposição na Sociedade de Belas Artes, em Lisboa, até ao próximo dia 13 de dezembro, numa iniciativa que homenageia o fundador de uma das mais importantes galerias de Lisboa – a Galeria São Mamede. A iniciativa é de Francisco Pereira Coutinho, que dirige o espaço desde 2001, quando a herdou do pai (com o mesmo nome), um colecionador de antiguidades e de arte moderna e o fundador da galeria.

Com esta iniciativa, Francisco Pereira Coutinho celebra os 100 anos de nascimento do pai, dando também continuidade ao seu trabalho de aliar artistas modernos com uma linha de criadores que trabalharam na galeria ao longo de décadas. Em exposição encontram-se obras de Almada Negreiros, António Areal, Armanda Passos, Manuel Cargaleiro, Carlos Botelho, Carlos Calvet, Mário Cesariny, Cruzeiro Seixas, D’Assumpção, Emília Nadal, José Escada, Eurico Gonçalves, Gonzalez Bravo, Helena Almeida, Jorge Barradas, Jorge Vieira, Júlio (Reis Pereira), Justino Alves, Manuel Amado, Mário Botas, Nadir Afonso, Nuno de Siqueira, Paula Rego, Serge Poliakoff, Raúl Perez e Vieira da Silva.

As pinturas, respeitantes a artistas que tão relevantes foram no panorama artístico português nas décadas de 60, 70 e 80 – podem ser visitadas gratuitamente na Sociedade de Belas Artes (Rua Barata Salgueiro, 36, Lisboa) das 12 às 19 horas. Sábado, dia 10, a arte vê-se entre as 14 e as 19 horas, estando de portas encerradas no domingo 11. Francisco Pereira Coutinho (1922-2006) fundou a Galeria de São Mamede e além de galerista foi também antiquário, marchand e colecionador de antiguidades e de arte moderna.

 

06
Dez22

Alfândega do Porto recebe exposições de Leonardo da Vinci e Terracota Army

Niel Tomodachi

Alfândega do Porto recebe exposições de Leonardo da Vinci e Terracota Army

A partir de 6 de dezembro e até 31 de março, vão estar em exibição no centro histórico do Porto duas exposições internacionais que dão a conhecer a vida e obra de Leonardo Da Vinci e a ancestralidade da China, através do Exército de Terracota. 

O Centro de Exposições da Alfândega do Porto recebe a exposição itinerante sobre a vida e obra do visionário artista italiano que mudou o mundo de uma forma única. “Leonardo da Vinci – Homem – Inventor – Artista, O GÉNIO” dá a conhecer as diferentes facetas de Leonardo Da Vinci, que foi muito mais do que o pintor da “La Gioconda” e da “A Última Ceia”.

Para além das reproduções das obras de arte mais famosas, a exposição exibe um grande número de invenções de Da Vinci, meticulosamente reconstruídas com base nos esboços originais de vários Códices e construídas com o material disponível no seu tempo: madeira, tecido, cordas e metal.

DR

Nesta exposição os visitantes têm a oportunidade de conhecer, por ordem cronológica, o trabalho multidisciplinar de Leonardo Da Vinci — cientista, artista e génio universal com uma criatividade e capacidade de invenção infinita — e, os mais curiosos podem interagir com as criações do artista polímata, tendo assim oportunidade de compreender os objetivos do artista italiano e observar todas as diferentes facetas deste génio inovador.

Os visitantes, na Alfândega do Porto, podem ainda viajar para a China de Qin Shi Huang, o primeiro imperador da Dinastia Qin, através da exposição “Terracotta Army – Guerreiros de Xi’na”. Esta exposição, em estreia absoluta em Portugal, mostra o impressionante Exército de Terracota, numa reconstrução autêntica do local de escavação chinês que remota ao final do século III a.C.

DR

As esculturas foram descobertas em 1974 em Xi’an, na China, e as suas réplicas estão agora no Porto, onde pode ser compreendida a ancestralidade da China e analisada cada escultura que possui a sua própria individualidade. 

Os visitantes podem ver mais de 200 figuras, cavalos, armas e objetos de uso quotidiano deste exército, que têm como missão proteger eternamente o primeiro imperador da China. A exposição é acompanhada por um espetáculo místico de luzes e sons, permitindo aos visitantes vivenciarem uma jornada notável à época do Primeiro Imperador da China, que unificou o país e deu início à construção o da Muralha da China

Os bilhetes para “Leonardo da Vinci – Homem – Inventor – Artista, O GÉNIO” e “Terracotta Army – Guerreiros de Xi’an” estão à venda em ticketline.pt e na bilheteira local. Estão disponíveis bilhetes conjuntos, para os visitantes conhecerem as duas exposições no mesmo dia.

 

02
Dez22

Pavilhão do Conhecimento está a oferecer 20 bilhetes diários

Niel Tomodachi

O maior centro de ciência viva do País criou uma iniciativa solidária para apoiar famílias que não têm condições de comprar os bilhetes.

O Pavilhão do Conhecimento sabe, mais do que ninguém, que a ciência é para todos — e qualquer pessoa pode vir a ser um cientista. Para promover a cultura científica e tecnológica na sociedade e, ao mesmo tempo, apoiar as famílias mais desfavorecidas, o maior centro de ciência viva do País criou uma nova bilheteira solidária.

Todos os dias, o Pavilhão do Conhecimento oferece 20 entradas gratuitas, disponíveis permanentemente, seja a título individual ou para famílias que desejem visitar este centro de ciência, mas que não têm condições financeiras de o fazer. Esta iniciativa solidária, criada há 25 anos, tem o objetivo de aproximar a ciência a todos os cidadãos, especialmente aos mais novos.

“Esta iniciativa é também uma resposta à realidade atual, permitindo igualmente aos cidadãos que se encontram em deslocação forçada ter acesso ao conhecimento no país de acolhimento, apesar da complexa situação global”, lê-se no site.

Para conseguir a entrada gratuita, os visitantes que não têm condições monetárias para comprar os bilhetes não precisam de provar a sua condição. Basta ir à bilheteira e perguntar pela bolsa de entradas solidária.

Até setembro de 2023, os visitantes podem visitar a nova exposição, intitulada “Dinossauros: O Regresso dos Gigantes”, onde irão encontrar diferentes espécies, sejam elas herbívoras, carnívoras, grandes, pequenas, couraçadas, com chifres, goles, cristas ou dentes afiados. Na mostra poderá conhecer os dinossauros de perto e vê-los à escala real. Como não poderia deixar de ser, o Tyrannosaurus Rex será o grande destaque. Trata-se de um dos maiores predadores que alguma vez existiu e, na altura em que existia, podia pesar até oito toneladas. 

 

21
Nov22

Mamaminha: a exposição que aborda o cancro da mama de forma artística e descomplexada

Niel Tomodachi

Inês Carrelhas é artista têxtil e a responsável pelo projeto que "trata o tema sem tabus" e que promove "a aceitação do corpo".

O cancro continua a ser um tema cheio de tabus, mitos e que precisa de ser desmistificado. Os diagnósticos quase duplicaram nas duas últimas décadas e as previsões indicam que, em 2040, os novos casos serão 50 por cento superiores aos atuais e que, provavelmente, uma em cada cinco pessoas terá uma doença oncológica durante a vida.

Quando se trata da patologia que afeta a mama em particular, o assunto não é mais simples. Segundo a Organização Mundial de Saúde, mais de sete milhões de mulheres têm cancro da mama, tornando-o num dos tumores malignos mais mortais. No nosso País são detetados, anualmente, cerca de sete mil casos — 1.800 pessoas acabam por morrer. A doença não afeta apenas mulheres: na verdade, um por cento dos diagnosticados são homens.

“Eles também o têm, contudo, não falam abertamente sobre isso”, diz à NiT Inês Carrelhas de 58 anos. E fala por experiência. Inês é a responsável por um projeto que pretende sensibilizar o público para temáticas relacionadas com o cancro de mama. Ligada desde sempre à arte têxtil e tapeçaria, a artista construiu os alicerces da iniciativa “no decorrer de um processo da confirmação, integração, aceitação e cura de um cancro de mama”.

“Nesse momento, comecei a pensar que queria deixar uma obra e envolver mais pessoas com o mesmo problema”, começa por nos contar. Se há quem faça tricô para se entreter enquanto faz tempo, Inês ocupava-se com outros materiais. “Comecei a forrar os aros dos soutiens entre os corredores do Instituto Português de Oncologia (IPO) e a Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa”, revela. O nome não podia ser mais claro: “chamei-lhe mamaminha”.

A inspiração é da artista têxtil, mas a envolvência é de vários e nada é feito por acaso. “Tudo começou em janeiro de 2018 com este objeto — a parte de metal do sutien”. Ao sentir um desconforto, apercebeu-se de um caroço (maligno). Começou, então, a pedir à amigas que os tirassem e que lhe dessem e deu início à obra alusiva ao cancro da mama.

Hoje, afirma ser um trabalho coletivo e itinerante e conta já com quatro exposições feitas. A quinta já começou e ainda vai a tempo de a visitar. Esqueça aquela ideia das tradicionais mostras artísticas. Nesta qualquer pessoa que esteja  a passar pela mesma situação pode participar. Mamaminha foi inaugurada no sábado, 19 de novembro, a convite da Câmara Municipal de Castelo Branco. Poderá ser visitada no Museu Francisco Tavares Proença Júnior, em Castelo Branco, até 15 de janeiro de 2023.

“Não é só uma exposição de arte têxtil, mas também é um trabalho de inclusão que dá oportunidade, através de uma experiência plástica —  um workshop, como gostam de chamar, ainda que considere ser mais um atelier — de um exercício de reconstrução e de aceitação do corpo”.

O momento é gratuito e acontece aos fins-de-semana segundo a inscrição através do contacto +351 910180099 e do email ines.carrelhas@gmail.com. Têm a duração de 6 a 9 horas, divididos em 2 ou 3 dias com horários flexíveis dentro do horário do museu em datas a agendar.

 

Inês considera esta experiência um lado interessante do projeto, através da qual se faz um molde do busto em ligadura de gesso, para exposição. “Acaba por ser um trabalho catártico”, garante-nos a artista, “de reconhecimento e aceitação”, onde se partilhará com outras mulheres, através da arte, uma experiência lúdica e emocional à volta do seu próprio corpo.

Isto, porque “o tema tem de ser falado, sem tabus”. “É preciso que o cancro deixe de ser um bicho de sete cabeças e que consigamos pegar nele, desmistificá-lo e tirar-lhe as cabeças”. Para os homens “o tema ainda é ainda mais importante”.

“Muitos dos que têm não querem falar assumidamente”, diz-nos empreendedora. Com o objetivo de tornar o assunto mais leve, Inês criou uma página de Instagram e partilhou já o testemunho deste outro lado. “O cancro de mama existe e esta é a forma que lhe dou para que esta dor seja transformada em Arte”, afirma.

Mamaminha teve a sua primeira exibição em 2020 no MUHNAC – Museu Nacional de Hisória Natural e da Ciência da Universidade de Lisboa, seguindo, em 2021, para o The Passenger Hostel, na Estação de São Bento, no Porto e para o MIAT – Museu Industrial Artesanal Têxtil, em Mira de Aire. Em 2022 também passou pela Biblioteca Municipal de Portalegre. “A cada exposição há uma nova peça e, como não é uma mostra estática, está sempre a crescer e a mudar”.

A mais recente — Somos todas Marias — é composta pelo busto de oito mulheres. As instalações podem ser colocadas de forma diferente, mas o compromisso com a arte e com a causa nunca deixa de estar presente. A quinta edição é constituída por oito instalações realizadas por Inês Carrelhas em materiais têxteis, fios, papel, compressas, gesso e arames de soutiens e duas obras do artista convidado.

Sim, porque, sendo este um projeto agregador, a artista pretende em cada novo espaço criar uma nova peça, convidar um artista local a integrar a exposição e continuar o trabalho dos ateliers maria.mamaminha. Neste caso, o artista convidado é o pintor João Gama.

“O olhar sobre a situação, e principalmente sobre o seu sofrimento e isolamento está presente no inconsciente da Inês Carrelhas”, lê-se em comunicado. Esta exposição poderá ser visitada no Museu Francisco Tavares Proença Júnior, de 20 de novembro de 2022 até ao dia 15 de janeiro de 2023, de terça-feira a domingo, das 10 às 13 horas e das 14 às 18 horas. Inês convida todas as mulheres e homens que tenham sofrido de cancro da mama a fazer mais do que ver: participar e trabalhar as suas cicatrizes.

 

13
Nov22

Gulbenkian vai receber uma mega exposição sobre faraós e arte egípcia

Niel Tomodachi

"Faraos Superstar" promete ser a maior mostra de arte egípcia alguma vez feita no nosso País. Vai estar em exibição até 2023.

No final de novembro, o Museu Calouste Gulbenkian, em Lisboa, vai acolher uma exposição dedicada aos faraós, do antigo Egito. O diretor do museu, António Filipe Pimentel, tinha já revelado que esta deverá ser a maior mostra portuguesa ligada aos faraós e à arte egípcia: “Serão duas exposições numa só, numa perspetiva desde o século XVIII até à atualidade, e numa perspetiva contemporânea”. Nesta exposição haverá então dois olhares quanto à arte egípcia: um olhar para o passado e outro para a contemporaneidade. “Faraos Superstar” será a nova aposta do museu.

A exposição — em exibição de 25 de novembro a 6 de março — “desenvolve-se em torno da figura do faraó e do lugar que este tem ocupado no nosso imaginário coletivo ao longo de 5000 anos, da Antiguidade aos dias de hoje”, pode ler-se em comunicado enviado à NiT. Na sua origem estará uma dupla celebração: os 100 anos da descoberta do túmulo de Tutankhamon, no Vale dos Reis, pelo egiptólogo britânico Howard Carter; e os 200 anos da decifração dos hieróglifos, por Jean-François Champollion.

Apresentada recentemente no Mucem, em Marselha, França, a exposição reúne cerca de 250 obras de coleções europeias, entre antiguidades egípcias, iluminuras medievais, pinturas clássicas, documentos, obras históricas, “mas também vídeos, música pop, bens de consumo e publicidade do nosso tempo”.

Os visitantes irão cruzar-se com obras vindas das coleções do British Museum (Londres), Museu do Louvre (Paris), Museo Egizio (Turim), Ashmolean Museum (Oxford), Musée d’Orsay (Paris), Mucem – Musée des Civilisations de l’Europe et de la Méditerranée (Marselha) ou da Biblioteca Nacional de Portugal (Lisboa), entre outras. Em foco estarão ainda peças do núcleo de arte egípcia do próprio Museu Gulbenkian.

“Faraos Superstar” conta também com um vídeo de Sarah Nagaty, produzido de propósito para a exposição em Lisboa, intitulado “Egito: A Longínqua Terra Próxima”. Ao longo de oito minutos, a investigadora e curadora explora o Egito contemporâneo, comparando-o com o Antigo Egito, que tanto fascina as pessoas com quem se encontra em Portugal.

Além do habitual programa de visitas, as atividades paralelas a esta exposição incluem workshops, oficinas de férias, vídeos e curso online, um colóquio internacional, um ciclo de cinema e uma exposição bibliográfica, entre outras iniciativas.

Para as famílias, foi criado o jogo “A Cartela do Faraó”, que permite a miúdos e adultos “explorar a exposição de um modo divertido e criativo”, garante a organização. Foi também desenhado um programa de acessibilidade visual, que inclui várias estações táteis localizadas ao longo da exposição. Os textos sobre as obras são disponibilizados online em formato ampliado. Os vídeos pedagógicos incluídos na exposição, bem como as visitas orientadas, têm interpretação em Língua Gestual Portuguesa.

Com a curadoria de Frédéric Mougenot (Palais des Beaux-Arts de Lille) e João Carvalho Dias (Museu Calouste Gulbenkian), o bilhete custa 5€.

 

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