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Little Tomodachi (ともだち)

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23
Mai23

Grande maioria dos europeus defende alimentos sustentáveis mais baratos

Niel Tomodachi

A grande maioria dos europeus defende que os alimentos sustentáveis devem ser mais baratos ou pelo menos ao mesmo preço dos não amigos do ambiente, indica um inquérito da organização internacional WWF em 11 países, incluindo Portugal.

Grande maioria dos europeus defende alimentos sustentáveis mais baratos

Os resultados foram divulgados hoje, Dia Internacional da Biodiversidade, pela Associação Natureza Portugal, que representa em Portugal a internacional "World Wide Fund for Nature", WWF, uma das maiores organizações de conservação do mundo.

No inquérito, no qual os portugueses apontam as alterações climáticas como uma das cinco questões que mais os preocupam, os europeus afirmaram que o custo dos alimentos se tornou um fator de ansiedade, ultrapassando os custos com a habitação.

Seis em cada 10 entrevistados citaram o preço como o principal obstáculo para consumir alimentos sustentáveis. Mais de três quartos disse acreditar que os alimentos sustentáveis devem custar menos, ou pelo menos não mais, do que os alimentos que não são amigos do ambiente.

Outros dados do inquérito (respondido por quase 18.000 adultos) indicam que 75% dos entrevistados acreditam que os grandes fabricantes devem ser responsáveis por garantir que os alimentos que vendem são produzidos de forma sustentável. A maioria dos entrevistados diz que os fabricantes de alimentos e retalhistas devem ser obrigados a reduzir suas emissões de gases com efeito de estufa, comprar muito mais alimentos de produtores sustentáveis, e que os retalhistas devem parar de anunciar os seus produtos menos sustentáveis.

Os consumidores inquiridos consideram também que as cantinas públicas são um bom ponto de partida para tornar os alimentos sustentáveis mais acessíveis, nas quais pelo menos metade dos alimentos servidos deve ser produzida de forma sustentável.

"As compras públicas de alimentos, que envolvem a compra de alimentos e serviços relacionados para escolas, hospitais e universidades, raramente priorizam o consumo de alimentos sustentáveis", afirma a WWF.

A WWF nota que o sistema alimentar da União Europeia (UE) é responsável por 31% das emissões totais de gases com efeito estufa, "e contribui significativamente para o aumento de doenças não transmissíveis, como cancro, doenças cardíacas, acidente vascular cerebral e diabetes", doenças que representam 80% das doenças na UE.

Comparando com os habitantes dos outros países, segundo os dados do inquérito, os portugueses são dos que mais defendem responsabilidades das cantinas públicas na garantia de sustentabilidade dos produtos, sendo os primeiros a afirmar que mais de metade desses alimentos devem ser produzidos de forma sustentável.

E também se destacam na defesa de um aumento de fontes de proteína de origem vegetal, reduzindo ao mesmo tempo as vendas de carne animal. Em relação às questões mais importantes dos últimos 12 meses os portugueses estão acima da média em relação às queixas com os custos da alimentação e da habitação.

Tiago Luís, coordenador de Alimentação da ANPlWWF, nota que o estudo indica haver motivação para hábitos alimentares saudáveis e sustentáveis, mas que as pessoas têm dificuldade em aceder a esses alimentos.

Citado no comunicado o responsável diz que os governos devem intervir no que respeita aos preços a que os alimentos sustentáveis chegam aos consumidores, parando de financiar a produção alimentar que não respeita os limites do planeta.

O inquérito foi feito em março e abril deste ano e incluiu além dos 11 países da UE o Reino Unido.

Além de Portugal os países da UE que participaram foram Áustria, Bélgica, Estónia, Finlândia, França, Grécia, Suécia, Alemanha, Espanha e Polónia.

 
 
11
Mai23

Rainbow Map 2023: Apesar dos intensos ataques contra a população LGBTI+, a Europa avança na igualdade (mas Portugal perde Top10)

Niel Tomodachi

Rainbow Map 2023: Apesar dos intensos ataques contra a população LGBTI+, a Europa avança na igualdade (mas Portugal perde Top10)

O Rainbow Map e Index de 2023, pela ILGA-Europe, descobre que, embora o discurso público esteja a tornar-se mais polarizado e violento, particularmente contra pessoas trans, a determinação política para promover os direitos LGBTI+ está a ter os seus frutos. Os maiores ganhos no mapa são de países que introduziram a autodeterminação de género nas suas leis.

Após ter caído 5% em 2022, Portugal perde este ano o Top10, embora mantenha a mesma pontuação, estando em #11 com 62%. Espanha e Finlândia registaram duas das maiores subidas face ao ranking do ano anterior. Malta, Bélgica e Dinamarca são os países com melhor pontuação no “mapa arco-íris”.

A identidade de género e as características sexuais estão incluídas na legislação antidiscriminação e/ou crimes de ódio, movendo positivamente a Bélgica, a Islândia e a Moldávia.

A Moldávia saltou 14 lugares porque a orientação sexual e a identidade de gênero foram incluídas positivamente na legislação que abrange emprego, educação, fornecimento de bens e serviços, saúde, crime de ódio e discurso de ódio.

A Eslovénia e a Suíça mudaram de posição. Ambos os países introduziram o casamento entre pessoas do mesmo sexo e a adoção conjunta. A Suíça também permite inseminação medicamente assistida para casais. A Croácia também subiu um lugar com a introdução da adoção para casais do mesmo sexo.

De acordo com a Diretora Executiva da ILGA-Europe, Evelyne Paradis:

A ascensão da retórica anti-LGBTI por forças antidemocráticas, particularmente com falsas narrativas anti-trans, está a ser combatida por agentes políticos que têm a coragem de defender os direitos humanos fundamentais e a igualdade de todas as pessoas. O mapa destaca o facto de que o progresso para as pessoas LGBTI ainda é possível. E é mais importante do que nunca, com a necessidade de mais líderes para repudiar os ataques à democracia para avançarmos. Louvamos as pessoas políticas que tomaram posições para o bem de todas as pessoas na nossa sociedade. Incentivamos mais a chegar-se à frente, já que em toda a Europa a democracia e os direitos humanos estão sob ameaça da extrema-direita.

Portugal estagnado no Rainbow Map

Portugal perde este ano um simbólico Top10, apresentando-se em #11 com os mesmos 62% de 2022.

Ana Aresta, presidente da ILGA Portugal, explica que, apesar dos constantes alertas da associação, “o nosso país continua estagnado”. “Esta descida não acontece porque Portugal regrediu a sua legislação mas porque, infelizmente, não a tem desenvolvido em matéria de proteção das pessoas LGBTI”, explica.

Aresta acompanha a preocupação de Paradis face à ascensão da extrema-direita: “À medida que os lugares anti-igualdade forem crescendo no parlamento, menor será a probabilidade de avançar em matéria de direitos humanos. Temos o exemplo da Polónia e da Hungria onde no espaço de cinco anos quase todos estes direitos foram revertidos por conta de uma maioria de extrema-direita nos parlamentos”.

A fim de melhorar a situação legal e política das pessoas LGBTI em Portugal, a ILGA-Europe recomenda:

  • Proibir as chamadas “práticas de conversão” com base na orientação sexual e identidade de género.
  • Apresentação de políticas públicas e outras medidas de asilo que contenham menção expressa a todos os motivos SOGIESC (orientação sexual, identidade de género, expressão de género, características sexuais).
  • Esclarecer a proibição legal da mutilação genital intersexual por meio de políticas de implementação que estabeleçam regras claras para o consentimento informado e garantem o efeito pretendido de proteger as pessoas intersexo de intervenções sem o seu consentimento pessoal.
  • Adotar planos de ação de igualdade que incluam explicitamente todos os motivos SOGIESC, acompanhados por medidas específicas de progresso.

O Rainbow Map e Índex compara 49 países europeus na sua situação legal e política e este ano apresenta várias tendências no que toca à defesa dos direitos das pessoas LGBTI+. Este é realizado pela ILGA Europe, uma organização não-governamental pela defesa dos direitos das pessoas lésbicas, gay, trans e queer.

 

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24
Abr23

Poluição do ar mata 1200 crianças e adolescentes por ano na Europa

Niel Tomodachi

A poluição do ar causa a morte prematura de pelo menos 1200 crianças e adolescentes todos os anos na Europa, de acordo com um relatório da Agência Europeia do Ambiente (AEA) publicado esta segunda-feira.

Tal como para os adultos, a poluição do ar é o principal risco ambiental para a saúde dos menores, reduzindo

Tal como para os adultos, a poluição do ar é o principal risco ambiental para a saúde dos menores, reduzindo a esperança de vida, revela o estudo que abrangeu cerca de 30 países do continente, incluindo os 27 Estados-membros da União Europeia (UE).

"A poluição do ar causa mais de 1200 mortes prematuras por ano entre menores de 18 anos na Europa e aumenta significativamente o risco de doenças mais tarde na vida", escreve a AEA no relatório.

"Apesar dos progressos registados nos últimos anos, o nível de vários dos principais poluentes atmosféricos continua a manter-se acima das diretrizes da Organização Mundial de Saúde, nomeadamente na Europa Central e de Leste, bem como em Itália", sublinha a organização, dependente da UE.

A planície do Pó, no norte da Itália, as áreas próximas a grandes centrais termoelétricas a carvão, bem como as grandes cidades no centro e leste do continente são regularmente destacadas pela má qualidade do ar.

De acordo com outro relatório publicado pela AEA em novembro, pelo menos 238 mil pessoas de todas as idades morreram prematuramente em 2020 devido à poluição do ar nos países membros da agência: União Europeia, Turquia, Noruega, Suíça, Islândia e Liechtenstein.

Embora a proporção de crianças e adolescentes afetados pela poluição do ar seja "relativamente pequena" em comparação com a população em geral, morrer tão cedo "representa uma perda de potencial futuro, bem como uma carga significativa de doenças crónicas tanto na infância quanto mais tarde na vida", disse a AEA.

A agência defendeu a aposta na melhoria da qualidade do ar em torno de escolas e creches, bem como instalações desportivas e transportes públicos.

Os efeitos da poluição do ar começam antes do nascimento, estando a exposição materna "ligada a baixo peso à nascença e a partos prematuros", recorda a AEA.

Após o nascimento, a poluição ambiental aumenta o risco de vários problemas de saúde, incluindo asma - que afeta 9% das crianças e adolescentes na Europa - ou insuficiência respiratória e infeções, aponta ainda a agência.

Os efeitos são agravados pelo fato de as crianças serem mais ativas fisicamente do que os adultos e porque, devido ao seu tamanho, estarem mais perto de fontes de poluição, como os escapes dos automóveis.

Olhando para a população em geral, 97% da população urbana europeia esteve exposta em 2021 a ar que não cumpre as recomendações da OMS, segundo os dados divulgados hoje.

No relatório de novembro, a AEA observou, ainda assim, que a União Europeia estava no caminho certo para atingir a meta de reduzir as mortes prematuras em mais de 50% até 2030, em comparação com 2005.

 

15
Mar23

Governo de Giorgia Meloni bloqueia adoção de crianças por famílias homoparentais

Niel Tomodachi

Itália: Governo de Giorgia Meloni  bloqueia adoção de crianças por famílias homoparentais

A primeira-ministra italiana Giorgia Meloni, a primeira líder de extrema-direita do país desde a Segunda Guerra Mundial, bloqueou o registo de crianças por parte de famílias homoparentais.

A Itália não tem proteções formais para famílias homoparentais. Em 2016, a Itália legalizou as uniões entre pessoas do mesmo sexo, mas não concedeu direitos de adoção iguais entre casais. Na altura, houve uma forte oposição de grupos católicos e conservadores.

Giorgia Meloni enviou esta semana uma ordem à Câmara Municipal de Milão para que pare de registar crianças de casais do mesmo sexo como filhos e filhas dos dois membros do casal. Esta é uma medida condenada pela esquerda e por ativistas como “discriminatória” e “homofóbica”.

Diferentes municípios têm aplicado a lei protetora e vários tribunais já a confirmaram, apesar de outros terem interpretado em sentido contrário o vazio legal.

“Se o futuro está nas mãos das novas gerações, como dizem, então devemos reunir-nos em torno das famílias arco-íris e juntar-nos à luta [de Giuseppe] Sala e outros presidentes em Itália. Ninguém deve ficar para trás, para garantir que nossos filhos e filhas cresçam num mundo no qual nos possamos orgulhar.”

Mario Mieli, ativista

A homofobia não é só a violência, a homofobia é também a arreigada convicção de que as pessoas do mesmo sexo são menos dignas ou capazes do que as pessoas heterossexuais de criar os seus filhos”, comentou o senador Ivan Scalfarotto, do partido Italia Viva.

Meloni foi eleita em setembro de 2022, tornando-se a primeira primeira-primeira de Itália. Disse na altura que “governaria por todas as pessoas”, mas as suas posições contra o aborto, os direitos LGBTQ+ e a imigração sugerem o contrário.

Sala disse que respeitaria a ordem de Meloni, mas continuará a lutar para melhorar os direitos das famílias homoparentais e das suas crianças.

 

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14
Mar23

Que horas são na lua? Europa quer fuso horário lunar

Niel Tomodachi

Até ao momento, durante uma missão espacial, as horas na Lua são definidas pelo país que está ao comando da nave.

A Agência Espacial Europeia afirmou esta semana que uma equipa internacional está a estudar como medir o tempo na Lua. A Agência quer um fuso horário definido para a Lua, para facilitar o número crescente de missões e viagens a este satélite natural. A ideia surgiu durante uma reunião da Agência Espacial Europeia nos Países Baixos.

Até ao momento, durante uma missão espacial, as horas na Lua são definidas pelo país que está ao comando da nave, não havendo uma referência comum a todos os envolvidos. Na Estação Espacial Internacional, as horas são definidas pelo fuso horário UTC (Tempo Universal Coordenado), que é aquele que está definido também para o território português, por exemplo, e que serve de base para todos os restantes horários no Mundo.

 

22
Fev23

Violência anti-LGBTQ+ atinge máximo de uma década na Europa, conclui relatório da ILGA Europe

Niel Tomodachi

Violência anti-LGBTQ+ atinge máximo em mais de uma década na Europa, conclui relatório da ILGA Europe

A violência contra pessoas LGBTQ+ atingiu o seu ponto mais alto na última década na Europa e Ásia Central em 2022. Os dados surgem no relatório agora divulgado pela ILGA Europe.

A região viu um aumento acentuado na violência contra pessoas LGBTQ+, incluindo ataques planeados, mas também suicídios. Como pano de fundo esteve um “discurso de ódio crescente e generalizado de pessoas políticas, líderes religiosos, organizações de direita e especialistas nos orgãos de comunicação”.

Os episódios de violência do ano passado incluem o tiroteio junto a um bar gay em Oslo, que matou duas pessoas e feriu 21. Também foi tido em conta o ataque contra um local LGBTQ+ em Bratislava, no qual duas pessoas foram mortas por um atirador em outubro passado.

Há relatos de mais assassinatos e muitos suicídios de pessoas LGBTI em toda a Europa. Estes trágicos eventos estão a acontecer não apenas em países que são vistos como mais conservadores.

De acordo com Evelyne Paradis, “o discurso de ódio em todas as suas formas traduz-se em violência física real“. A insegurança tem sido assim um ponto de foco para as pessoas LGBTI+. As consequências terríveis do discurso de ódio não se verifica “apenas em países onde o discurso de ódio é abundante“, mas também onde as pessoas LGBTI tendem a ser aceites socialmente.

 

Discurso de ódio está a ter consequências nefastas

 

O relatório encontra que, embora o discurso de ódio e as suas consequências tenham atingido níveis críticos, os tribunais estão a reagir e os processos estão a aumentar em vários países. Mas, de acordo com Paradis, a reação não é suficiente.

Embora estejamos a melhorar a forma como lidamos com os resultados, o foco tem que ser parar o discurso de ódio em todas as suas formas“. Apesar de apoios e solidariedade políticas, existe igualmente “a proliferação do uso do ódio contra pessoas LGBTI para ganho político“. É essencial encontrar maneiras de combater proativamente a ascensão do discurso de ódio, “em vez de se encontrarem na posição de apenas reagir às suas consequências.”

Não são todas más notícias. Houve muito progresso relatado em vários países, com ativistas e as suas comunidades a impulsionar as mudanças sociais positivas e a conseguir impulsionar a proteção legal, apesar da oposição organizada.

Portugal caiu duas posições no estudo

Dados de Portugal

Portugal caiu duas posições face a 2021, estando agora na nona posição.

No que toca ao discurso de ódio, o relatório refere, por exemplo, o professor da Universidade de Aveiro que referiu a comunidade LGBTQ+ como uma “organizações terroristas” e pediu uma “inquisição para limpar esse lixo humano”. A universidade lançou um processo disciplinar contra o professor e suspendeu-o momentaneamente. O relatório refere igualmente os numerosos artigos LGBTIfóbicos que foram publicados em resposta à campanha de conscientização ‘ABCLGBTQIA+‘.

O relatório apresenta vários pontos de melhoria:

De acordo com Paradis, “estes relatórios sucessivos contam uma história de causa e efeito que não vai desaparecer ou diminuir até que agentes políticos entendam que precisam ficar à frente do problema.

O estudo pode ser lido na íntegra aqui [.pdf].

 

Linhas de Apoio e de Prevenção do Suicídio em Portugal

Linha LGBT
De Quinta a Sábado, das 20h às 23h
218 873 922
969 239 229

SOS Voz Amiga
(entre as 16 e as 24h00)
213 544 545
912 802 669
963 524 660

Telefone da Amizade
228 323 535

Escutar – Voz de Apoio – Gaia
225 506 070

SOS Estudante
(20h00 à 1h00)
969 554 545

Vozes Amigas de Esperança
(20h00 às 23h00)
222 080 707

Centro Internet Segura
800 219 090

Quebrar o Silêncio (apoio para homens e rapazes vítimas de abusos sexuais)

Linha de apoio: 910 846 589 
Email: apoio@quebrarosilencio.pt

Associação de Mulheres Contra a Violência – AMCV

Linha de apoio: 213 802 165 
Email: ca@amcv.org.pt

Emancipação, Igualdade e Recuperação – EIR UMAR

Linha de apoio: 914 736 078 
Email: eir.centro@gmail.com

 

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22
Fev23

Pelos menos 2% da população LGBTI europeia sofreu práticas de conversão, denuncia Conselho da Europa

Niel Tomodachi

Pelos menos 2% da população LGBTI europeia sofreu práticas de conversão, denuncia Conselho da Europa

A comissária para os Direitos Humanos do Conselho da Europa, Dunja Mijatovic, denuncia que continuam a ser realizadas “práticas de conversão”. Estas são práticas tortuosas que pretendem, sem fundamento clínico, modificar a orientação sexual e identidade de género.

Mijatovic exortou os Estados-membros do Conselho da Europa a terminar com as chamadas “terapias de conversão”.

Estas práticas podem ser realizadas através eletrochoques, medicação com hormonas ou rituais de exorcismo.

Estas intervenções continuam a ser praticadas na Europa, muitas vezes legalmente e geralmente sob pretexto médico ou religioso. Apesar das nefastas consequências dessas intervenções, que são profundas e duradouras, é difícil para as vítimas ver reconhecido o dano sofrido e obter compensação. Esta situação não é mais sustentável“, disse.

Estima-se que, na União Europeia, 2% das pessoas LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgénero) tenham sofrido tais práticas e 5% tenham recebido propostas de conversão, mas os números reais podem ser muito superiores“, acrescentou.

Também estou particularmente preocupada com as descobertas de que, globalmente, crianças e jovens correm um risco muito maior de serem submetidos a estas práticas“, vincou.

As “terapias de conversão” podem causar depressão, ansiedade, ódio de si mesmo ou pensamentos suicidas, lembrou a comissária para os Direitos Humanos do Conselho da Europa.

Dunja Mijatovic observou, no entanto, uma “tendência recente” de banir tais métodos na Europa. Embora Mijatovic reconheça estes esforços, a comissária pede aos Estados-membros que adotem uma “abordagem baseada nos direitos humanos para eliminar estas práticas”.

Em concreto, pede a implementação de “proibições precisas e aplicáveis” para enviar um “sinal forte à sociedade” e permitir que os autores desses atos sejam levados à justiça.

Em Portugal, vários partidos têm proposto a criminalizarão das práticas de conversão.

 

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22
Fev23

Fundo Europeu para filmes ucranianos apresentado esta 3.ª-feira em Berlim

Niel Tomodachi

O Fundo Europeu de Solidariedade para os Filmes Ucranianos, um apoio para cineastas ucranianos, que conta com contribuições financeiras de quinze ministérios europeus e fundos nacionais de cinema, incluindo Portugal, foi, esta terça-feira, apresentado no Festival de Cinema de Berlim.

Fundo Europeu para filmes ucranianos apresentado esta 3.ª-feira em Berlim

De acordo com o Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA), em comunicado, "a Associação Europeia de Agências Nacionais de Cinema (EFAD, sigla em inglês), juntamente com agências e institutos cinematográficos de 13 países, lançou esta tarde, na 73.ª edição do Berlinale, o Fundo Europeu de Solidariedade para os Filmes Ucranianos".

Este fundo "pretende ser uma ajuda aos cineastas ucranianos, no sentido de promover as coproduções", e "é executado através da colaboração e contribuições financeiras de quinze ministérios europeus e fundos nacionais de cinema".

Entre os 15 ministérios e fundos nacionais de cinema que contribuem para o novo mecanismo estão os ministérios da Cultura do Chipre, Estónia, França e Itália, o ICA, o Centro de Cinema da Lituânia e o Fundo Audiovisual da Flandres, da Bélgica.

A EFAD, com sede em Bruxelas, reúne 35 institutos e agências nacionais e cinema europeus - dos 27 estados-membros da União Europeia, bem como da Noruega, Islândia, República da Macedónia do Norte, Sérvia, Montenegro, Suíça e Reino Unido.

O diretor do ICA, Luís Chaby Vaz, é presidente da EFAD desde dezembro de 2018.

O 73.º Festival de Cinema de Berlim começou na quinta-feira e termina no dia 26.

A programação deste ano inclui a estreia mundial do documentário "Superpower", de Sean Penn e Aaron Kaufman sobre a invasão russa da Ucrânia e sobre o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Em janeiro, na conferência de imprensa em que anunciaram a programação, os diretores da 'Berlinale', Carlo Chatrian e Mariete Rissenbeck, revelaram que este ano o festival manifesta solidariedade com a Ucrânia e apoia "o grito de liberdade" no Irão.

"Mais do que um documentário, 'Superpower' é o relato de um projeto cinematográfico alterado por força da realidade para algo menos controlado, mas com mais significado. Num festival que decorrerá um ano depois da invasão russa da Ucrânia, é importante mostrar um filme que Sean Penn e Aaron Kaufman fizeram em condições muito difíceis", afirmou na altura o diretor artístico, Carlo Chatrian.

Com a declaração de apoio à Ucrânia e a Zelensky, a Rússia colocou Sean Penn na lista de cidadãos norte-americanos cuja entrada está proibida no país.

"Para mim, 'Superpower' - estou consciente de que irá ter muita atenção - é uma ótima porta de entrada para perceber a complexa e valiosa descrição do que aconteceu e ainda está a acontecer neste momento na Ucrânia", disse Carlo Chatrian aos jornalistas.

 

30
Nov22

Noite Europeia do Cinema no Porto e Lisboa

Niel Tomodachi

Pelo quinto ano consecutivo, o Creative Europe MEDIA – o programa da UE de apoio ao setor audiovisual europeu – junta-se à rede Europa Cinemas na organização da Noite Europeia do Cinema – Partilhando histórias que amamos.
Esta iniciativa procura aproximar a Europa dos seus cidadãos, celebrando em conjunto a riqueza e a diversidade da cultura cinematográfica europeia, oferecendo exibições gratuitas em cinemas por toda a Europa.

Os participantes, cinemas integrantes da rede Europa Cinemas, seleccionaram os filmes a exibir de acordo com o interesse do seu público, com o objetivo de os adaptar a uma diversidade de públicos. Nesta edição, por exemplo, os cinemas participantes tiveram a possibilidade de propor filmes familiares para estimular o gosto do público jovem pela sétima arte, filmes clássicos para aproximar os cidadãos do  património cultural cinematográfico partilhado, entre outros, porque o lema é #WeAllLoveStories!




Algumas das exibições serão acompanhadas de atividades como apresentações, perguntas e respostas com realizadores, actores ou outros membros da equipa de produção, bem como debates, nos quais o público terá a oportunidade de discutir o filme com outros cinéfilos.

Em Portugal, a Noite Europeia do Cinema acontecerá no Porto e em Lisboa.
Mães Paralelas, de Pedro Almodóvar, será exibido a 5 de dezembro pelas 19h no Cinema Trindade, no Porto. 
Annie Ernaux Os Anos Super 8, de Annie Ernaux e David Ernaux-Briot, será exibido a 7 de dezembro pelas 19h no Cinema Ideal em Lisboa.

Mães Paralelas


As exibições gratuitas de filmes europeus apoiadas pelo MEDIA chegarão a mais de 8 000 cinéfilos em 75 cidades da Europa, fortalecendo as ligações em torno de uma identidade europeia compartilhada construída na diversidade.
Esta iniciativa, tem crescido consideravelmente ao longo dos anos. A primeira edição de 2018 contou com 34 cinemas; a participação aumentou para 54 em 2019, depois para 67 em 2020 e envolveu nada menos que 71 salas em 2021. Em 2022, 75 cinemas em 26 países da UE participarão na iniciativa.

“Annie Ernaux Os Anos Super 8”

Noite Europeia do Cinema decorre no contexto mais amplo do  Mês do Cinema Europeu  (MOEF) de 13 de novembro a 10 de dezembro de 2022, uma iniciativa lançada este ano pela European Film Academy em parceria com a Europa Cinemas. Durante quatro semanas, mais de 100 salas de cinema membros da rede Europa Cinemas em toda a Europa organizam eventos em torno de filmes europeus.

 

18
Nov22

Mágicas Navidades: a maior festa de Natal da Europa vai ser mesmo aqui ao lado

Niel Tomodachi

A 30 minutos de Madrid, a super feira arranca esta sexta-feira com novas — e ainda mais incríveis — propostas para toda a família.

Se há lugar onde se vive o Natal como nenhum outro é em Torrejón de Ardoz, um município madrileno a menos de meia hora de Madrid. Uma cidade que anualmente faz do Natal a grande festa do ano e, provavelmente, a maior da Europa. Para quem lá mora, as festividades só começam com o início do Mágicas Navidades e os sinos estão quase a ouvir-se — esta sexta-feira, 18 de novembro, para sermos para específicos.

É quase uma espécie de Wonderland, em Lisboa, mas com 10 vezes o seu tamanho. Estamos a falar de um total de 100 mil metros quadrados. “Torrejón de Ardoz é a 1.ª Capital Europeia do Natal” e os “seus Natais foram declarados Festas de Interesse Turístico pela sua qualidade, originalidade e património cultural promovido pelas mais prestigiadas empresas natalícias nacionais, europeias e asiáticas”, lê-se no site da organização.

Uma roda gigante, luzes e dezenas de espetáculos. Está tudo pronto para aproveitar aquela que será a época mais mágica do ano. Se tem inveja dos mercados e festas natalícias de outros países, não precisa de ir muito longe para admirar um dos melhores exemplares. Situado no Parque de Exposições de Torrejón de Ardoz, o acesso é feito através da “Puerta Mágica”, mas esta não é uma qualquer. É, sim, a “mais impressionante vista até agora”, revela a organização. Este ano, conta com uma exibição de luz musical, “única na Europa”, que todas as noites oferecerá espetáculos da música típica da época e disco.

Depois de entrar, vai ser difícil não ficar impressionado com a maior roda gigante de Espanha. A elegância das “Meninas de Adviento”, que se exibem por todo o espaço, os espetaculares “Animales del Arca de Noé” iluminados ou o “Multiverso galaxia” e os seus super-heróis, além do “Show de los Guachis” com as personagens infantis, também não deixarão ninguém indiferente.

 

A grande novidade, porém, é mesmo o Ice Festival. Este é o primeiro concurso internacional de esculturas de gelo realizado em Espanha e conta com uma exposição de figuras criadas pelos melhores escultores do mundo, que pode ser visitada até 6 de janeiro, numa tenda a menos 6ºC . Organizado pelos Productores de Sonrisas, é a maior exposição de figuras de gelo da Europa.

Entre as novidades há ainda o “Camino de Belén”, um grandioso percurso à escala original da cidade histórica, o espetáculo de comédia “Monólogos de Navidad Stand Up”, o espetáculo familiar “Los 3 Reyes Magos”.

A “Casa de la Navidad” regressa novamente, mas renovada, com um espaço onde pode conhecer pessoalmente os Três Reis Magos ou o Pai Natal. Dentro das paredes de carvalho desta casa, quem manda é a imaginação. É a oportunidade perfeita para os miúdos entregarem as cartas dos desejos e dar uma ajuda aos duendes na preparação dos presentes que vão ser distribuído pelo mundo.

“Ao cair da noite, o parque surpreende o público mais adulto com o espetáculo de stand-up natalício feito por referências nacionais de stand-up comedy”, revela a autarquia.

Os bilhetes para os espetáculos “Ice Festival”, “Los 3 Reyes Magos” e os “Monólogos” incluem o acesso ao parque, que este ano vai surpreender com novos elementos de iluminação e uma decoração natalícia em torno de um grande lago central e de um ringue de gelo. A entrada tem o valor simbólico de 2€ e 3€ (exceto para algumas atividades como o Ice Festival que custa 16€), mas nos dias 23 e 30 de novembro, e 14 e 21 de dezembro, as famílias que visitarem o parque têm entrada gratuita e descontos nas atrações. Todas as quartas-feiras até ao dia 21 de dezembro, os espetáculos e atrações são gratuitas. Pode consultar toda a programação no site oficial do festival.

“O Natal Mágico não implica qualquer despesa para Câmara Municipal, pois é financiado pelas receitas geradas pela venda de ingressos e pela contribuição dos patrocinadores”, destacou Ignacio Vázquez, o presidente da Câmara de Torrejón de Ardoz. Este ano, “como medida de economia diante da crise energética mundial”, a iluminação será desligada uma hora antes e não serão acendidas as luzes azuis dos postes da Avenida Constitución.

A autarquia recomenda que não se usem os carros para chegar até ao recinto do Mágicas Navidades. Em vez disso, sugere que se privilegiem os transporte públicos (Linhas C2 e C7 de Cercanías Renfe). O parque está localizado a 100 metros da estação Cercanías de Torrejón. A edição deste ano termina a 6 de janeiro e foram contabilizados já mais de 40 mil bilhetes vendidos. É caso para dizer: apresse-se, porque a procura é elevada.

 

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