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Little Tomodachi (ともだち)

Little Tomodachi (ともだち)

14
Mar23

Museu do Carro Elétrico quer juntar famílias no Dia do Pai

Niel Tomodachi

Experiência inclui visita ao museu, peça de teatro e viagem num elétrico histórico.

O Dia do Pai é já no próximo domingo, 19 de março, e ainda vai a tempo de pensar no plano ideal para fazer com o seu. Para quem está sem ideias, o Museu do Carro Elétrico tem um programa especial que serve para diferentes idades.

Tendo em conta que esta é uma data “que promove a partilha de histórias e a criação de novas memórias” e “com o objetivo de fortalecer os laços familiares”, como explicam em comunicado, prepararam uma experiência que começa pelas 10h30 com o acolhimento dos participantes e continua com uma visita ao museu.

Mais do que uma simples visita, vai contar com a presença de uma mediadora cultural, um guarda-freio e duas atrizes que ajudarão a retratar personagens da época correspondente aos carros históricos presentes no local. A visita de cerca de duas horas não estará completa sem uma viagem de elétrico histórico onde os participantes poderão apreciar a paisagem da margem do Rio Douro.

O museu pretende ainda que esta seja uma “experiência sensorial inesquecível para pais e filhos, num espaço cultural de elevada importância para a história da mobilidade na cidade do Porto”. Ainda assim, o espaço estará aberto ao público como habitual.

A participação neste programa especial de Dia do Pai tem um custo de 16€ por inscrição, que inclui pai e filho. O preço por cada acompanhante extra é de 8€. As inscrições e todas as informações sobre a ação estão disponíveis no site do museu.

 

14
Mar23

Prémio Booker Internacional revela 13 nomeados para edição de 2023

Niel Tomodachi

O prémio Booker Internacional revelou hoje os 13 livros nomeados para a edição deste ano, de autores provenientes de 12 países e 11 línguas.

Prémio Booker Internacional revela 13 nomeados para edição de 2023

Os nomeados da edição do prémio, que distingue uma obra literária traduzida para o inglês e publicada no Reino Unido ou na Irlanda, são a catalã Eva Baltasar, com "Boulder", o sul-coreano Cheon Myeong-kwan, com "Whale", a francesa Maryse Condé, com "The Gospel According To The New World", e o ivoriano Armand Gbaka-Brédé (que assina como GauZ'), por "Standing Heavy".

Também nomeados estão o búlgaro Georgi Gospodinov, com "Time Shelter", a norueguesa Vigdis Hjorth, com "Is Mother Dead", o ucraniano Andrei Kurkov, com "Jimi Hendrix Live in Lviv", o francês Laurent Mauvignier, por "The Birthday Party", o alemão Clemens Meyer, por "While We Were Dreaming", o indiano Perumal Murugan, por "Pyre", a mexicana Guadalupe Nettel, com "Still Born", a sueca Amanda Svensson, por "A System So Magnificent It Is Blinding", e o chinês Zou Jingzhi, com "Ninth Building".

A seleção foi feita por um júri presidido pela escritora Leila Slimani e composto pelo tradutor Uilleam Blacker, pelo escritor Tan Twan Eng, pela crítica Parul Sehgal e pelo editor literário do Financial Times, Frederick Studemann.

"O que foi muito recompensador nesta experiência foi ler livros de todo o mundo, com uma variedade de forma e conteúdo extraordinária. Cada um dos jurados tem gostos diferentes e foi isso que tentámos refletir nesta lista. Celebra a variedade e diversidade da produção literária de hoje, as diferentes formas em que o romance pode ser visto", afirmou Slimani, citada no comunicado.

A organização salientou que Maryse Condé é a autora mais velha alguma vez nomeada para o prémio, aos 89 anos, havendo três escritores (GauZ', Zou Jingzhi e Amanda Svensson) que surgem nomeados com a sua estreia em inglês.

GauZ' é um escritor, editor e fotógrafo que viveu em Paris como estudante sem documentos, onde também trabalhou como segurança (profissão no passado que partilha com o alemão Clemens Meyer), antes de voltar à sua Costa do Marfim natal.

A lista de finalistas do prémio Booker Internacional vai ser revelada na Feira do Livro de Londres, no dia 18 de abril, estando previsto um prémio de cinco mil libras para os livros que chegarem a essa fase, repartido em metade para autor e tradutor.

O livro vencedor vai ser anunciado no dia 23 de maio, com um prémio de 50 mil libras, também igualmente dividido entre autor e tradutor.

Nenhuma das obras nomeadas está publicada em Portugal, embora alguns autores tenham livros editados em território português, como Andrei Kurkov ("Abelhas Cinzentas", pela Porto Editora, em setembro do ano passado), Guadalupe Nettel ("O Corpo em que Nasci", pela Teodolito, em 2013), Vigdis Hjorth ("Herança", pela Livros do Brasil, em 2021) e Eva Baltasar ("Permafrost", pela Kalandraka, em 2021).

De Maryse Condé, nascida em Guadalupe, está editado em Portugal "Eu, Tituba, bruxa... negra de Salem" (pela Maldoror, no ano passado).

 
 
13
Mar23

Primeiro Festival Literário da Mealhada quer "criar caldo de cultura"

Niel Tomodachi

A poesia vai dar o mote ao primeiro Festival Literário da Mealhada, que apresenta um programa diversificado e pensado para todos os públicos, de forma a "criar um caldo de cultura" no concelho, revelou hoje a Câmara.

Primeiro Festival Literário da Mealhada quer "criar caldo de cultura"

De acordo com a vice-presidente da Câmara Municipal da Mealhada, Filomena Pinheiro, a primeira edição do Festival Literário da Mealhada pretende incrementar a leitura, fomentar a democratização da palavra e estabelecer uma relação de proximidade com os livros, escritores e leitores.

"Tem como missão criar um caldo de cultura no concelho, combinando e fazendo reagir os extraordinários ingredientes existentes, para produzir, desenvolver e promover uma nova ordem na vida de todos os mealhadenses", destacou a responsável, numa conferência de imprensa que decorreu hoje de manhã na Biblioteca Municipal.

O FLIM - Festival Literário da Mealhada vai ter lugar de 27 de março a 02 de abril, propondo um programa onde se destaca uma feira do livro, sessões musicais e de teatro, oficinas e encontros com escritores.

Irá desenrolar-se maioritariamente numa tenda instalada junto à Biblioteca Municipal da Mealhada, onde irá decorrer a Feira do Livro, embora contemple atividades no centro da cidade, no Cineteatro Messias e na vila do Luso.

Aos jornalistas, Filomena Pinheiro explicou que o evento vai "explorar a poesia em todos os sentidos", seja através da leitura, da música ou até do teatro.

"Temos iniciativas para todos os públicos, porque pretendemos também desmistificar a poesia como uma coisa de elite, tornando-a plural, acessível e quotidiana. O Festival estará um pouco por todo o concelho, em modo participativo e de comunidade", evidenciou.

Segundo a autarca, um dos momentos altos deste evento terá lugar no dia 1 de abril, com a entrega do Prémio Literário António Augusto Costa Simões, numa homenagem ao médico, cientista, professor e diplomata.

"Um prémio que procura promover a produção de originais em língua portuguesa e, em simultâneo, divulgar o nome do seu honorável patrono", referiu.

O festival tem ainda a particularidade de ser o primeiro evento deste município com o selo ColorADD, um instrumento orientado para os daltónicos, que o torna "mais inclusivo e acessível".

"Temos a ambição de posicionar a Mealhada enquanto destino de cultura e de criação cultura", apontou.

O Festival, que integra também a Semana da Leitura, com atividades das bibliotecas escolares de 27 a 31 de março, inclui ainda a declamação de poesia nas ruas da cidade, leituras comunitárias, sessões de cinema e um concerto de poesia para crianças.

Já no Dia Internacional do Livro Infantil, que se comemora a 02 de abril, terá lugar a apresentação do espetáculo 'Poesias e Canções', de José Fanha e Daniel Completo, bem como a apresentação do livro infantil 'Bussaco: mata mágica', de Virgínia Pereira.

 

13
Mar23

Está a chegar a Páscoa e estes campos de férias são para os Inventores!

Niel Tomodachi

Ainda agora entrávamos em 2023 e de repente a Primavera já está à porta e a Páscoa vem logo a seguir. Com ela, vem mais uma interrupção escolar e nova oportunidade para descansares, leres, brincares – e, porque não, aprenderes um talento novo? Ou até melhorares um que já tens?

Se lá por casa andas sempre com invenções e o teu sonho é criar um gadget que te torne uma referência mundial, isto é para ti: a “The Inventors” tem a resposta. Trata-se de uma empresa portuguesa que se dedica ao desenvolvimento de experiências pedagógicas que pretendem inspirar crianças e jovens para as áreas das engenharias, artes e criatividade.

Começou como uma startup e hoje é um dos principais laboratórios de atividades educativas a nível Europeu. E para as férias da Páscoa há campos de férias em todo o país! São quatro dias que te levam numa aventura pelo mundo da eletrónica, da modelação 3D, música e muito mais.

Nestes campos, cada dia tem uma série de atividades e projetos que ajudam a desenvolver trabalho em equipa, resolução de problemas e outras competências. O primeiro dia é dedicado à Eletrónica, para aprender tudo sobre circuitos e como funcionam. No fim do dia, os participantes montam um candeeiro que vai iluminar os quartos dos inventores com uma mistura de cores.

O dia 2 é de Caça ao Ovo, ou não fosse Páscoa! Os inventores vão aprender como funcionam as canetas 3D e construir um cesto para participar nesta divertida caça. O dia seguinte é dedicado a jogos antigos e projetos do futuro: será uma viagem ao passado e a revelação de um pouco do que será o futuro. Desde magnetismo até painéis solares, passando por jogos clássicos.

Finalmente, um dia dedicado à música. Com apenas alguns componentes os participantes montam um circuito elétrico que, em conjunto com uma estrutura de mdf, se transforma num piano.

Porto, Coimbra, Faro, Lisboa, Leiria e Funchal são algumas das cidades que acolhem estes campos, para participantes dos 6 aos 12 anos. Os preços, detalhes e inscrições estão online.

 

12
Mar23

Portugal associa-se, por fim, à Comissão Europeia em ação contra Hungria por violação dos Direitos LGBTI+

Niel Tomodachi

Portugal associa-se, por fim, à Comissão Europeia em ação contra Hungria por violação dos Direitos LGBTI+

Portugal decidiu juntar-se à Comissão Europeia (CE) na ação contra a Hungria por alegada violação dos Direitos LGBTI+. Em causa está a proibição da “promoção da identidade de género diferente do sexo atribuído à nascença, da mudança de sexo e da homossexualidade” para menores de 18 anos.

Em 2021, quando detinha a presidência rotativa do Conselho da UE, Portugal não assumiu nenhuma posição relativamente à legislação adotada pela Hungria contra os direitos das pessoas LGBTI+.

A CE acusa Budapeste de violar várias diretivas. Entre elas, comércio eletrónico, serviços no mercado interno, serviços de comunicação social audiovisual, a Carta dos Direitos Fundamentais da UE, bem como o artigo 2.º do Tratado da União Europeia. Este último refere-se ao respeito pelos direitos humanos e a não discriminação.

Esta a primeira vez que é intentada uma ação destas contra um Estado-membro. Em causa está o desrespeito pela dignidade humana, liberdade, democracia, igualdade, Estado de direito e o respeito pelos direitos humanos.

“A estigmatização das pessoas LGBTI+ constitui uma violação manifesta do seu direito fundamental à dignidade, tal como consagrado na Carta Europeia dos Direitos Fundamentais e no direito internacional”,

Posição dos 13 países que pediram ação à CE em 2021

Ursula von der Leyen, Presidente da CE, classificou na altura a legislação como “uma vergonha“. Foi assim dado início a um procedimento de infração contra a Hungria. Mas, face às respostas insatisfatórias de Budapeste, foi decidido remeter o processo ao Tribunal de Justiça. Qualquer Estado-membro pode associar-se a este processo até ao final do corrente mês de março.

 

12
Mar23

Feira do Livro de Poesia regressa a Campo de Ourique durante 6 dias

Niel Tomodachi

Vai acontecer a partir de 21 de março no Jardim da Parada, em Lisboa, e também inclui programação cultural.

A Feira do Livro de Poesia, que já não acontecia há quatro anos, está de volta a partir de 21 de março — o Dia Mundial da Poesia — e prolonga-se até dia 26. O evento irá decorrer no Jardim da Parada, na zona de Campo de Ourique, em Lisboa.

Esta é uma iniciativa conjunta da Casa Fernando Pessoa e da Junta de Freguesia de Campo de Ourique. Haverá bancas de várias editoras e livreiros, além de uma programação que inclui leitura de poemas, apresentações, música e oficinas para os miúdos. A entrada e participação será livre.

Além do Jardim da Parada, vai acontecer na Biblioteca Espaço-Cultural Cinema Europa e na própria Casa Fernando Pessoa. A organização pretende ainda recuperar o projeto “Poesia Estendida”, que nasceu na pandemia, quando os moradores de Campo de Ourique foram convidados a colocar bandeiras com versos à janela durante a pandemia. Na altura, a iniciativa foi um sucesso e o objetivo é devolver esse espírito àquela mas também a outras zonas da cidade.

A Feira do Livro de Poesia vai poder ser visitada de terça a sexta-feira entre as 14 e as 19 horas. Aos sábados e domingos, abre mais cedo, a partir das 11 horas.

 

12
Mar23

E os vencedores do Festival Play são…

Niel Tomodachi

A 10ª edição do Play – Festival Internacional de Cinema Infantil e Juvenil, decorreu entre 25 de fevereiro e 5 de março, no São Jorge e na Cinemateca Júnior, em Lisboa, com a exibição de mais de 150 filmes de 40 países, além de ateliês de cinema, filmes para bebés e sessões escolares.

E os vencedores são…..

Concurso Laboratório de Cinema Infantil
2 mil euros
Otólito, de Andreia Albernaz e Fernanda Cachão – Cole(c)tivo Set7

 

Prémio ECFA (European Children’s Film Association)
A galinha preta, de Marion Clauzel, 2022, França

Melhor Curta – Vencedor Júri PLAY
1000 euros
Ice Merchants, de João Gonzalez, 2022, Portugal; Reino Unido; França

Prémio Público
3-5 anos: A Felicidade do Paolo, de Thorsten Droessler e Manuel Schroeder, 2022, Rep. Checa
6-9 anos: Ice Merchants, de João Gonzalez, 2022, Portugal; Reino Unido; França
10-13 anos: O Homem do Lixo, de Laura Gonçalves, 2022, Portugal
+13 anos: Sem Manchas, de Emma Branderhorst, 2021, Países Baixos

Vencedores do Júri Júnior
3-5 anos: “Bolo de Areia”, de Kateřina Karhánková, 2022, Rep. Checa; França

6-9 anos: “Naquele Momento, Tudo Mudou”, de Eef Hilgers, 2022, Países-Baixos
10-13 anos: “Coração Perdido”, de Sarah Saidan, 2022, França
+13 anos: “Aqui Está-se Bem”, de Robert-Jonathan Koeyers , 2022, Países-Baixos

Fica a promessa de nova edição em 2024!

 

09
Mar23

Esta “Uma aventura…” é literária – e podes concorrer!

Niel Tomodachi

São já várias as gerações que cresceram a ler os livros “Uma Aventura”, que Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada lançaram em 1982. Mais de 60 aventuras estão publicadas e tu podes agora fazer parte, de alguma forma, deste universo.

Só tens de te apressar: até 15 de março está aberta a edição de 2023 do Concurso Uma Aventura… Literária 2023.

A iniciativa é da Editora Leya, para crianças em idade escolar e o Concurso tem seis modalidades: Texto Original, Recomendação da Leitura, Crítica, Desenho, Olimpíadas da História e Teatro na Rádio. O mesmo aluno ou grupo de alunos podem participar, com mais do que um trabalho na mesma modalidade ou em modalidades diferentes.

Na parte das modalidades de Crítica e Desenho para o 1.º e 2.º ano e pré-escolar, os livros a concurso são:

O Crocodilo Nini
A Joaninha Vaidosa
A Gata Gatilde
O Avô Urso Lão
A Ovelha Curiosa
A Rã Atrevida
O Leão e o Canguru
O João e o Salticão
As Gémeas Fazem anos
Um Presente para o João

Na mesmas modalidades, para o 3.ºe 4.º anos, podes escolher para fazer uma crítica ou um desenho entre estes:

Toda a coleção Uma Aventura (escolhe um livro da coleção)
Toda a coleção Viagens no Tempo (escolhe um livro da coleção)
Toda a coleção Os Primos e a Bruxa Cartuxa (escolhe um livro da coleção)
Toda a coleção A Bruxa Cartuxa (escolhe um livro da coleção)
Há Fogo na Floresta
Rãs, Príncipes e Feiticeiros
Toda a coleção A Bruxa Cartuxa (escolhe um livro da coleção)

E os livros a concurso para as modalidades de Crítica e Desenho para o 2.º ciclo (5.º e 6.º anos) são:

Toda a coleção Uma Aventura (escolhe um livro da coleção)
Toda a coleção Viagens no Tempo (escolhe um livro da coleção)
Diário Secreto de Camila
Quero Ser Ator
Quero Ser Outro

Está tudo sobres estas e as outras categorias online. Os prémios incluem a publicação de trabalhos e cheques-livro. Os trabalhos devem ser enviados até ao dia 15 de março, preferencialmente através do site, ou via CTT.

 

08
Mar23

"A nossa luta é todo o dia": centenas marcham em Lisboa pelos direitos das mulheres

Niel Tomodachi

Largas centenas de pessoas iniciaram, esta quarta-feira, pelas 19 horas, em Lisboa uma marcha pelos direitos das mulheres, no âmbito da Greve Feminista Internacional, gritando palavras de ordem como "A nossa luta é todo o dia".

Associações feministas e sindicatos marcham hoje em 12 cidades portuguesas.

Em Portugal, a iniciativa já acontece de 2019, indo para sua quinta edição.

Debaixo de chuva, as milhares de pessoas que se juntaram junto à Fonte Luminosa não arredaram pé e vincaram a sua presença com cartazes, palavras de ordem e tambores.

À Lusa, Patrícia Vassalo e Silva, do Coletivo Por Todas Nós, disse que o Dia Internacional da Mulher não serve apenas para celebrar que são "mulheres, rosas e muito bonitas"."É um dia para mostrarmos que queremos direitos iguais [aos homens], desde a saúde, salários e habitação", realçou.

Também, segundo Patrícia Vassalo e Silva, pretende-se mostrar que as mulheres, em clima de guerra, como na Ucrânia e no Irão, são "as mais atacadas". "Há muita discriminação. Posso falar nas questões LGBT, por exemplo. Mulheres trans [transexuais] é terrível. É um tema, como sabemos, no qual as pessoas gostam de mostrar o seu ódio", sublinhou.

Para a ativista, há também mais discriminação pública, porque as pessoas "deixaram de ter medo de falar", demonstrando esse ódio na rua.

No entanto, por sua vez, a porta-voz do Coletivo Por Todas Nós considerou que as marchas pelos direitos das mulheres têm cada vez mais adesão. "Há mais gente a querer ser mais ativista, há mais mulheres querer fazer parte, homens também, pessoas não binárias... Acho que nisso é positivo. Estamos mais na rua", afirmou.

Colorindo a marcha da Greve Feminista Internacional com guarda-chuvas e com bandeiras do Irão, em referência ao regime de Ebrahim Raisi, as pessoas sublinhavam sempre que "as mulheres têm os mesmos direitos dos homens".

Aos jornalistas, no meio dos participantes da marcha, surgiu a coordenadora do BE, Catarina Martins, que disse que "o maior problema de segurança em Portugal é a violência contra as mulheres". "É o maior perigo da nossa sociedade", salientou, referindo que, além disso, "as mulheres continuam a ganhar menos" do que os homens.

Para Catarina Martins, é "importante continuar na rua", lembrando as mulheres do Irão que têm mantido as manifestações contra a repressão do presidente Raisi. "Está tanto por fazer para garantir a igualdade e para garantir que as mulheres são respeitadas", sublinhou.

Catarina Martins realçou ainda uma nova vaga de jovens mulheres feministas que "levam a igualdade a sério, que não querem ser controladas, que não permitem julgamentos sobre o seu corpo, que exigem ser respeitadas". "Estas jovens que saem à rua são um dos momentos mais extraordinários que o país tem", acrescentou.

Na terça-feira, Cheila Collaço Rodrigues, ativista do núcleo de Lisboa da Rede 8 de Março, dizia à Lusa que a Greve Feminista Internacional servia para "dar visibilidade às violências, às opressões, às desigualdades que as mulheres são alvo numa sociedade desigual, quer as mulheres cis [cisgénero], quer as mulheres trans [transexuais]".

A greve, que acontece no Dia Internacional da Mulher, vai para a sua quinta edição e decorre hoje nas cidades de Aveiro, Barcelos, Braga, Bragança, Coimbra, Évora, Faro, Guimarães, Leiria, Lisboa, Porto e Vila Real, e, no sábado, em Chaves.

 

08
Mar23

Milhares de pessoas em Barcelona e Madrid pela igualdade de género

Niel Tomodachi

Dezenas de milhares de pessoas manifestaram-se, esta quarta-feira, em Espanha, 40 mil delas em Barcelona e 27 mil em Madrid, a propósito do Dia Internacional da Mulher, em defesa da igualdade de género e contra o machismo.

Em Espanha, a igualdade de género e o feminismo são um dos protagonistas do debate político e público e este ano, o Dia Internacional da Mulher volta a viver-se sem as restrições da pandemia de covid-19, sendo uma data em que tradicionalmente milhares de pessoas saem às ruas em cidades de todo o país.

Segundo as autoridades policiais, a maior manifestação deste ano foi em Barcelona e juntou 40 mil pessoas (60 mil segundo os organizadores).

Os números das autoridades dizem que nas duas grandes manifestações de Madrid estiveram 27 mil pessoas (17 mil numa marcha e 10 mil noutra).

Já as plataformas que convocaram as manifestações de Madrid afirmaram que estiveram 700 mil pessoas numa e 35 mil noutra.

No último ano sem covid-19, em 2019, só em Madrid saíram à rua 375.000 pessoas, segundo as autoridades policiais.

No ano anterior, em 2018, além das manifestações, realizou-se no 08 de março uma "greve geral" em defesa da igualdade de género, considerada hoje um marco no movimento feminista espanhol, que se reivindica de grandes conquistas desde a década de 1970.

Espanha é considerada uma referência internacional na igualdade de género, com leis pioneiras nesta área.

Duas dessas leis foram aprovadas no mês passado: a nova regulamentação do aborto e da saúde sexual, que instituiu o direito a baixas por menstruações dolorosas e incapacitantes, e a designada "lei trans", que passou a permitir a mudança de género no registo civil sem necessidade de pareceres ou tratamentos médicos.

As duas leis foram elogiadas por instituições internacionais, como várias agências das Nações Unidas ligadas aos Direitos Humanos, que as consideraram exemplos que deviam ser seguidos por outros países.

No ano passado, Espanha aprovou também uma nova tipificação dos crimes de violação, com o objetivo de estabelecer que aquilo que define uma agressão sexual é a não existência de consentimento para uma relação - e já não se houve violência ou intimidação ou se a vítima resistiu.

Esta mudança no Código Penal - conhecida como "lei do só sim é sim" - foi uma reivindicação dos movimentos feministas e de milhares de pessoas que saíram às ruas em Espanha na sequência de uma sentença do caso conhecido como "La manada", em que um tribunal não considerou agressão sexual, mas abuso sexual (um delito menos grave) a violação de uma rapariga por um grupo de homens por não ter ficado provada a resistência da vítima.

Por causa de um efeito não previsto e indesejado desta lei - a revisão em baixa de penas de mais de 700 violadores condenados - o Governo espanhol, que se assume como "um governo feminista", chegou ao Dia Internacional da Mulher deste ano no meio da maior crise que já viveu nesta legislatura, que termina em dezembro.

Os dois partidos na coligação no Governo -- PSOE (socialista) e Unidas Podemos - não se entendem em relação à necessidade de rever a lei do "só sim é sim" e sucedem-se há semanas trocas de acusações públicas entre ministros e ministras das duas alas do executivo.

Na terça-feira, os respetivos grupos parlamentares votaram separados no parlamento a proposta para alterar a legislação, que saiu do Conselho de Ministros.

Também a "lei trans" provocou divisões no PSOE e no movimento feminista, por haver grupos que consideram que pode prejudicar os avanços alcançados pelas mulheres na luta pela igualdade de direitos.

Para estes movimentos, ser mulher não é uma identidade subjetiva e o feminismo é a luta contra a discriminação de uma identidade objetiva, baseada no género biológico.

Embora sem a unidade de anos anteriores, os movimentos feministas espanhóis voltaram hoje a sair à rua em manifestações em todo o país, convocadas por plataformas e associações que vão desde sindicatos a grupos estudantis e a que se somaram políticos da esquerda e da direita.

Na maior manifestação de Madrid, apesar das divisões, estiveram várias ministras do Governo espanhol, tanto do PSOE como da Unidas Podemos, embora seguindo em grupos separados.

A ministra das Finanças e 'número dois' do PSOE, Maria Jesús Montero, disse que "a rivalidade não está dentro das mulheres, mas fora, naqueles que negam que existe machismo estrutural".

A ministra da Igualdade e dirigente do Podemos, Irene Montero, garantiu que não haverá "passos atrás" em Espanha na conquista de direitos para todas as mulheres, incluindo as transexuais.

A manifestação encheu artérias centrais de Madrid, com milhares de pessoas vestidas com roupas violeta, a cor do movimento feminista internacional.

Os cartazes diziam que "Sobran los motivos" ("Há motivos de sobra", na tradução em português) para assinalar o 08 de março, como as reivindicações de "igualdade salarial" e de "mais educação sexual" ou a denúncia da "violência machista" e da situação das mulheres no Afeganistão.

 

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