«Sempre soube que venho dali, daqueles pais, daquelas raízes, de histórias passadas que me foram só narradas, das casas onde habitei, e que ainda existem dentro de mim, e até de outras que não conheci, mas me foram descritas e contadas. Venho dali, do lugar da Memória transmitida, onde nunca se morre, porque através dela, somos Um só »
Esta é a história de uma família portuguesa, como tantas outras, que se mistura entre o norte e o sul do país, e que vai evoluindo através da luta diária pela sobrevivência, das alegrias e das tristezas, das transformações da sociedade.
Gerações que enfrentaram tempos duros guerras mundiais, epidemias a da pneumónica ceifou inúmeras vidas a queda da monarquia mas também o fim do sonho da república, a ditadura, uma guerra colonial. Assistiram ao aparecimento da televisão, testemunharam a ida do homem à Lua, viveram o 25 de Abril, viram o mundo abrir se para novas tecnologias.
Os que nos passam perto, anónimos ou desconhecidos, são imprescindíveis na construção da vida das famílias, e daquilo que somos, nos jeitos que repetem gerações.
Uma passagem de testemunho às gerações mais novas, na primeira pessoa, para que não esqueçam as suas raízes e os valores transmitidos de geração em geração, até porque, como diz a autora, «a memória é a alavanca do futuro».
Sobre a Autora:
Maria de Fátima Barbosa Campos Ferreira nasce em Lisboa, mas passa a infância em Valença do Minho. Aos 14 anos ruma ao Porto com a família, frequentando aí o Liceu Garcia de Orta. Licencia-se em História pela Faculdade de Letras do Porto, e acrescenta ao seu currículo diferentes cadeiras do curso de História de Arte, começando a lecionar no Instituto de Preparação para a Universidade, da Universidade Livre. Ingressa depois no primeiro curso da Escola Superior de Jornalismo do Porto, e completa a licenciatura. No final de 1986, inicialmente no âmbito do estágio curricular, e logo a seguir como profissional, inicia a carreira de jornalista na RTP, primeiro no Norte, e já em Lisboa a partir do final de 1994. Participa em e apresenta telejornais, entrevistas, reportagens e operações especiais que marcam a história do país. Durante 18 anos coordena e apresenta o debate Prós&Contras, onde acolhe semanalmente centenas de pessoas e cruza ideias e argumentos, acompanhando a par e passo a complexidade social, económica, política, cultural e desportiva do país. O Prós&Contras torna-se âncora do serviço público, e uma marca na sociedade portuguesa. Atualmente é coautora do programa de entrevistas Primeira Pessoa. Docente de jornalismo na Universidade Lusófona, mantém, ao longo dos anos, participação cívica, como moderadora e palestrante em fóruns universitários e em diferentes instituições sociais. Pelo seu trabalho jornalístico, articulador da sociedade, em 10 de junho de 2005, é-lhe atribuída a Comenda da Ordem de Mérito pelo presidente da República Jorge Sampaio e, em 2022, a medalha de Mérito da Cidade do Porto, pelo presidente da Câmara, Rui Moreira. As suas entrevistas da série Portugal e o Futuro estão publicadas em livro, bem como a entrevista a Manuela Eanes por ocasião dos seus oitenta anos.
Em Imperatriz, Pearl S. Buck dá vida à incrível história de Cixi, a concubina imperial que acabaria por liderar a dinastia Ching. Nascida numa família humilde, Cixi apaixona-se pelo seu primo Jung Lu, um belo guarda imperial - mas ainda em adolescente é escolhida, com a sua irmã e centenas de outras raparigas, para ir morar para a Cidade Proibida. Destacando-se pela sua beleza, Cixi está determinada a tornar-se a preferida do Imperador, e dedica todo o seu talento e astúcia à concretização desse objetivo. Quando o Imperador morre, Cixi encontra-se numa posição que lhe dá o poder supremo, que irá manter durante quase cinquenta anos, usando-o tanto para trazer paz ao império como para promover Jung Lu, a quem amará - em segredo - para sempre.
Num mundo de intrigas liderado por homens, Cixi irá tomar a seu cargo várias decisões importantes e será responsável pela modernização da China, sem que nunca tenha recebido por isso o devido crédito. Muito foi escrito sobre Cixi, mas nenhum outro romance recria a sua vida - a sua extraordinária personalidade e, ao mesmo tempo, o mundo das intrigas da Corte e o período de tumulto nacional com o qual ela lidou - tão bem como Imperatriz.
Sobre a Autora:
PRÉMIO NOBEL DA LITERATURA 1938
Escritora norte-americana, Pearl Sydenstricker Buck nasceu a 26 de junho de 1892, em Hillsboro, no estado da Virgínia Ocidental. Filha de um missionário que dedicou muitos anos de vida à tradução da Bíblia da língua grega para a chinesa, Pearl Buck passou, em consequência, a sua infância na China. Educada pela mãe e por um professor particular chinês, estudioso do confucionismo, aprendeu este idioma antes de poder falar inglês. Em 1907 foi enviada para um colégio interno em Xangai, onde estudou até 1909. Seguiu-se um período em que colaborou com uma associação de refúgio e apoio a prostitutas e escravas sexuais chinesas. Viajou depois para os Estados Unidos da América, com o intuito de prosseguir a sua educação, estudando Psicologia no Randolph-Macon Woman's College da Virgínia. Tendo recebido o seu diploma em 1914, regressou à China para ocupar o cargo de professora numa missão presbiterana, mas a sua mãe adoeceu gravemente, pelo que Pearl Buck teve que passar dois anos a cuidar dela. Quando esta conseguiu recuperar, Pearl Buck foi viver com o Dr. John Lossing Buck, um agrónomo com quem tinha casado pouco tempo antes, para uma aldeia no Norte da China. Passou então a trabalhar com o marido, viajando pelas áreas rurais como sua intérprete e desempenhando também as funções de professora. O casal mudou-se para Nanquim no início da década de 20, onde Pearl Buck trabalhou como professora universitária das cadeiras de Literatura Inglesa e Norte-Americana. Em 1924 regressou aos Estados Unidos da América, em busca de auxílio médico especializado para a sua filha mais velha que sofria de um atraso mental. Recebeu a licenciatura em Literatura pela Universidade de Cornell em 1926. O casal tornou à China no ano seguinte, mas teve que ser evacuado pouco depois para o Japão, em consequência da eclosão da Guerra Civil Chinesa. Em 1930 publicou o seu primeiro romance, East Wind: West Wind, modestamente acolhido pela crítica. Seguiu-se-lhe The Good Earth (1931), romance original por conseguir conciliar uma prosa de tom bíblico com a estrutura das sagas narrativas chinesas. A obra seria vencedora de um Prémio Pulitzer, e tornada em filme em 1937. Em 1935 divorciou-se do primeiro marido para casar com o seu editor, Richard Walsh, com quem foi viver para a Pennsylvania. No ano seguinte, foi nomeada membro do Instituto Nacional das Artes e Letras norte-americano. Em 1938 tornou-se a primeira mulher norte-americana a ser alguma vez galardoada com o Prémio Nobel. Em 1939 publicou The Patriot, obra em que a autora deixava transparecer a sua desilusão quanto à possibilidade de cooperação entre os povos. Optou por se orientar para uma vertente mais humana, lutando pelos direitos e melhoria das condições das crianças asiáticas, muitas delas fruto de relações entre ocidentais e asiáticas, e assim estigmatizadas e abandonadas. Assim, dedicou algumas obras a essas relações inter-raciais, como The Angry Wife (1949) e The Hidden Flower (1952). Pearl Buck e o seu marido empreenderam esforços em favor de causas humanitárias, que culminaram com a criação da Fundação Pearl Buck. Após a morte de Richard Walsh, Buck deu início a uma relação com Ted Harris, um professor de dança cerca de quarenta anos mais jovem, e que veio a tomar conta da Fundação Pearl Buck. A autora faleceu a 6 de março de 1973, em Danby, no estado do Vermont.<brz Pearl S. Buck. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2011.</brz
Tem 400 metros quadrados e junta o melhor de uma padaria, pastelaria e cafetaria. Fica mesmo ao lado da Livraria Lello.
Neil Armstrong ainda não tinha pisado a Lua quando abriu em Espanha a primeira loja da Santagloria, em 1963. Volvidas mais de décadas sobre a fundação da marca, os conhecidos pães da cadeia chegaram a Portugal esta quinta-feira, 30 de março. A nova Coffee & Bakery tem 400 metros quadrados e abriu na Passeio dos Clérigos, no Porto.
O espaço fica ao lado da famosa torre com o mesmo nome e da icónica Livraria Lello, aquela que é conhecida como uma das mais bonitas do mundo. Os milhares que lá passam diariamente têm agora um novo local onde podem pedir uma enorme variedade de produtos de pastelaria e cafetaria — sim, a marca não vende apenas pão.
“Estamos muitos felizes em acompanhar a Santagloria na sua expansão internacional e inaugurar o seu primeiro estabelecimento fora de Espanha, mais concretamente no Porto, em Portugal”, anunciou Sergio Rodriguez, diretor-geral da Areas Iberia, empresa que detém a cadeia.
“Com esta abertura, levamos conceitos que triunfam a nível local para outros países e esperamos que tenham o mesmo êxito”, acrescentou o responsável. Por ali também pode provar doces como croissants de chocolate, donuts, queques, palmiers, tranças de chocolate, tartes de maçã, folhados de salsicha, wraps, sandes, entre muitos outros. Em suma, há muitas propostas doces ou salgadas.
Apesar de ser uma estreia da Santagloria em Portugal, não o é da Areas. Por aqui, o grupo já tem 103 pontos de venda em aeroportos (Lisboa, Porto, Faro e Funchal) e algumas áreas de serviço. O grupo estreou-se por cá em 1992 e tem emprega mais de 850 pessoas. Já o conceito Coffee & Bakery tem 123 estabelecimentos em Espanha.
Sinais de Saturno é uma obra colectiva e anónima, inserida na coleçãoMutatis-mutantis #22 da não (edições). Um pequeno livro que nos traz a poesia homoerótica sem pudor ou embaraços.
De 27 de Abril a 7 de Maio, a festa do cinema está garantida para os mais jovens noIndieJúnior, com um programa especial repleto de novidades. O melhor do cinema infantil e juvenil pode ser visto noCinema São Jorge, Culturgest, Cinema Ideal, Biblioteca Palácio Galveiase, pela primeira vez, naPiscina da Penha de França, que vai receber uma sessão especial – e dentro d’água – no último dia de festival. Haverá espaço para sessões de cinema para todas as idades, para escolas e famílias, um cinema de colo para bebés, oficinas, um filme-debate em parceria com o Plano Nacional das Artes, a festa ao ar livre no jardim das Galveias, e muito mais.
Uma Tarde na Piscina
Começando pela novidade, a sessão Curtas na Piscina + 6 Anos está marcada para dia 7 de maio, às 11h30 e às 16h30, na Piscina da Penha de França. Uma sessão de curtas-metragens divertidas, em volta da temática da água, banhos e piscinas, num ambiente inédito e cheio de salpicos – uma excelente forma de comemorar o dia da mãe. A sessão começa com o Salto de Girafa, numa piscina olímpica deserta. Depois temos o filme Piscina, onde um homem espera que a noite caia para mergulhar “sozinho” na piscina pública da cidade. De seguida podemos ver Uma Tarde na Piscina, onde mil e uma peripécias vão acontecer! Onda de Calor é o quarto filme desta sessão e leva-nos ao calor de uma praia na Grécia, onde duas crianças encontram uma maneira de refrescar toda a gente. Em O Paraíso dos Gatos, parece que Percy encontra o lago certo para relaxar mas nem mesmo estar na toalha é tão seguro quanto parecia… A sessão na Piscina termina com Tinta, onde acompanhamos um polvo que apenas quer que o vidro que enquadra o seu habitat esteja completamente limpo. Para esta sessão tem que chegar 30 minutos antes, trazer fato de banho, toalha, chinelos e touca. A Piscina contará com um nadador salvador e boias. Nessa noite, o conceito estende-se aos mais velhos, com uma nova sessão de curtas.
Yuku e a Flor dos Himalaias
Outra novidade – este ano o programa do IndieJúnior inclui uma longa-metragem! Yuku e a Flor dos Himalaias, da dupla Rémi Durin e Arnaud Demuynck, acompanha a longa jornada de Yuku à procura da flor do Himalaias, que quer oferecer à avó antes dela partir. O filme é falado em francês com legendas em português e em inglês, para +8 anos. A primeira exibição é dia 1 de maio, às 15h, no Cinema São Jorge. Repete dia 6, sábado, às 15h, na Culturgest.
Na secção Curtas para toda a família (+3 anos), o destaque vai para Confusão nas Varandas, de Quentin Haberham, um divertido filme holandês sobre uma mulher rica que é obrigada a mudar-se para um pequeno apartamento, onde choca com os hábitos do vizinho. Nas Curtas +6 anos, o belíssimo e disruptivo Jogo Cruzadousa o ponto-cruz como meio para contar uma história sobre amizade. Para as crianças +8 anos, uma secção que se estreia nesta edição, o destaque vai para Coisas Nunca Antes Vistas!, sobre os esforços de uma criança para recuperar a televisão da sua avó, a sua única janela para o mundo. Tematicamente mais sóbrio, Magma foi o filme escolhido pelos alunos do segundo ciclo da Escola Básica São Bruno, em Caxias, no âmbito do programa Eu Programo um Festival de Cinema, para +10 anos. O filme trata das dificuldades de uma rapariga em lidar com o pai, que teve um acidente de mota. Para o 3º Ciclo / +12 anos, a escolha dos alunos foi para Amigos de Verão, sobre dois amigos de sempre que questionam a sua amizade depois de conhecerem Lucie, uma jovem de passagem pela ilha onde vivem.
Confusão nas Varandas
As actividades paralelas do IndieJúnior têm uma série de oficinas e brincadeiras para os mais novos. No dia 4 de maio, na Biblioteca Palácio Galveias, está marcado o Filme Debatecom o tema Descoberta de Si – Crescimento na Puberdade, para +10 anos. Para esta sessão foram convidadas pessoas de diferentes áreas – artes, educação e saúde – para uma conversa moderada pela subcomissária do Plano Nacional das Artes, Sara Brighenti, na Sala Polivalente da Biblioteca Palácio Galveias. A partir do filmeOs Montes da Gaby, de Zoé Pelchat, é lançado o debate aos jovens sobre a descoberta de si e o crescimento na puberdade. Iniciativa em parceria com o Plano Nacional das Artes.
As Oficinas para Famílias estão separadas por idades, com actividades adequadas a cada grupo etário. Na Oficina Cinema de Colo 1-2 anos, a que chamamEntre Poças e Borrifos, água, cor, imagens em movimento, som e outros elementos sensoriais vão tornar esta micro-oficina num espetáculo que irá despertar sensações e risos para pais e bebés. A 1 e 7 de maio, às 15h, na sala 2 do Cinema São Jorge, pela mão d’A Porta Amarela, um projeto de mediação artística.
Os Montes da Gaby
A oficina Mergulho Silenciosoé dedicada a crianças com mais de cinco anos. Esta oficina está marcada para dia 29 de abril no Palácio Galveias e concebida e dinamizada pela educadora Ana Teresa Magalhães e pelas Edições Orfeu Negro. Nesta oficina, mergulha-se para além do que é visível, deixar que o espanto nos comova e descobrir novos horizontes que, num primeiro olhar, ninguém vislumbrou. Com lápis branco, são traçados desenhos invisíveis e, com a ajuda da poeira do carvão, encontram lugares e personagens que habitam a nossa imaginação. Inspirada no livroA Piscina, de Jihyeon Lee, das edições Orfeu Negro (colecção Orfeu Mini). Dia 29 de abril, no Jardim da Biblioteca Palácio Galveias, a oficina de expressão plástica Construímos Sinais Diferentes é concebida e dinamizada pelo projecto pedagógico ‘Pela Cidade Fora’, da EMEL onde se pode aprender sobre os diferentes tipos de sinais de trânsito e perceber a importância que cada um tem na nossa vida. No sábado seguinte, dia 6 de maio, às 15h, na Biblioteca Palácio Galveias acontece uma oficina de som, desenho e movimento,Caixinha de Aaaah!, concebida e dinamizada por Baleia – Artes e Infância. Pensada a partir do filme Aaaah! ,esta é uma oficina para descobrir e criar sons a partir de imagens e desenhos que um dia podem ser sons. Na mesma tarde, mas no Cinema São Jorge, outra oficina, desta feita concebida e dinamizada por Claude Delafosse, o realizador de Como Ganhei as Minhas Rugas – que pode ser visto na sessão Curtas para Toda a Família + 3 anos – ensina como Domar um Dragão! Criar e animar dragões, usando pequenos objetos e plasticina, será o grande objectivo assim como conhecer melhor como o realizador faz os seus filmes.
A antecipação desta edição do IndieJúnior está marcada para a tarde de 16 de abril, na Musa de Marvila, com uma sessão de cinema com curtas da última edição do festival, para maiores de 6 anos, jogos de ping pong, comes e bebes e dj-set de Miss Playmobile num terraço com escorregas e esplanada para deleite de pais e filhos. Para escolas, a antevisão do festival está marcada para as 19h da próxima quinta-feira, dia 30 de março, na Biblioteca Palácio Galveias.
A programação completa, assim como a grelha de sessões e a venda de bilhetes, estarão disponíveis em breve.
Presidente da autarquia votou contra, pelo segundo ano consecutivo, alegando ser necessário haver "um critério de que tipo de bandeiras e quando são içadas".
A Câmara Municipal de Lisboa (CML) hasteou, na manhã desta sexta-feira, a bandeira de Orgulho Trans na sua fachada, de forma a assinalar o Dia Internacional da Visibilidade Trans (31 de março).
A decisão camarária não veio com apoio unânime, no entanto,tendo o presidente da Câmara, Carlos Moedas, bem como toda a coligação Novos Tempos (PSD/CDS/MPT/Aliança), votado contra.
Se é certo que Moedas e a coligação pela qual foi eleito para liderar a Câmaraaprovaram os restantes pontos do voto de saudação pela efeméride, o hastear da bandeira na fachada do edifício da Câmara foi contestado.
"Aquele foi o local onde se proclamou a República", argumentou Carlos Moedas, dizendo: "Imaginem que amanhã chegava aqui alguém a pedir para que se hasteassem outras bandeiras.Temos que ter aqui um critério de que tipo de bandeiras e quando são içadas. Há muitas outras causas que são importantes."
A proposta foi apresentada pelo vereador Rui Franco, eleito pelos Cidadãos Por Lisboa, coligação que organizou o hastear da bandeira,ao qual os elementos da coligação Novos Tempos, incluindo Carlos Moedas, não compareceram.
Os restantes pontos,esses sim aprovados com unanimidade, prendiam-se comuma saudação ao Dia Internacional da Visibilidade Trans, apublicação do relatório da execução do I Plano Municipal LGBTI+ 2020-2021e um apelo a quesejam feitos “esforços para concluir com celeridade a revisão do Plano Municipal LGBTI+, bem como os recursos adequados para a sua implementação”.
Já no ano passado, utilizando os mesmos argumentos,o presidente da autarquia tinha votado contra este ponto.
O Dia da Visibilidade Trans celebra-se nesta sexta-feira, 31 de março, estando marcada para sábado, 1 de abril,a 2ª Marcha pela Visibilidade Trans em Lisboa, que terá ponto de encontro na Alameda D. Afonso Henriques, às 17h30, partindo em direção ao Rossio.
De acordo com a nova versão, a morte medicamente assistida só poderá ocorrer através de eutanásia se o suicídio assistido for impossível por incapacidade física do doente.
O Parlamento aprovou, esta sexta-feira, a nova versão da lei da eutanásia com votos a favor do PS, Iniciativa Liberal, Bloco de Esquerda, PAN, Livre, assim como de seis deputados do PSD.
Votaram contra o Chega, o PCP e a maioria da bancada do PSD.
Houve algumas abstenções no PS e no PSD, além de três votos contra na bancada socialista.
É a quarta vez que a Assembleia da República aprova uma lei sobre a morte medicamente assistida, tema que já foi travado por duas vezes após inconstitucionalidades detetadas pelo Tribunal Constitucional (TC) e uma outra através de um veto político do Presidente da República.
No debate desta sexta-feira, a generalidade dos partidos a favor da morte medicamente assistida assumiu que preferia a versão anterior do diploma mas, nas palavras de Isabel Moreira (PS), "todos os democratas respeitam o Tribunal Constitucional" e o novo texto "cria as condições de conforto para uma promulgação por parte do Presidente da República".
Para o Chega,houve uma "pressa obsessiva" da parte da Esquerda e "da extrema-esquerda" em aprovar o diploma.
Já o PSD considerou que "o tempo para analisar o novo texto foi manifestamente insuficiente" e garantiu que "quem ficou prejudicado por esta decisão foi o povo português".
O que muda na nova versão da lei?
De acordo com a nova versão, a morte medicamente assistida só poderá ocorrer através de eutanásia se o suicídio assistido for impossível por incapacidade física do doente.
"A morte medicamente assistida só pode ocorrer por eutanásia quando o suicídio medicamente assistido for impossível por incapacidade física do doente", é estabelecido num novo ponto acrescentado ao artigo 3.º do decreto que regula as condições em que a morte medicamente assistida não é punível e ao qual a Lusa teve acesso.
Esta é uma das alterações propostas pelos deputados ao último decreto aprovado pelo parlamento e que acabou chumbado pelo Tribunal Constitucional no final de janeiro, embora não por esta razão.
Uma das inconstitucionalidades apontadas pelos juízes do Palácio Ratton ao último decreto era o facto de o legislador ter feito "nascer a dúvida", na definição de 'sofrimento de grande intensidade', se a exigência de sofrimento físico, psicológico e espiritual era cumulativa ou alternativa.
Em comparação ao último decreto, é retirada totalmente a referência a sofrimento físico, psicológico e espiritual, mantendo-se os termos da restante definição.
Neste novo texto, 'sofrimento de grande intensidade' é definido como "o sofrimento decorrente de doença grave e incurável ou de lesão definitiva de gravidade extrema, com grande intensidade, persistente, continuado ou permanente e considerado intolerável pela própria pessoa".
Já no artigo 9.º, referente à 'concretização da decisão do doente' lê-se que "o médico orientador informa e esclarece o doente sobre os métodos disponíveis para praticar a morte medicamente assistida, designadamente a autoadministração de fármacos letais pelo próprio doente ou a administração pelo médico ou profissional de saúde devidamente habilitado para o efeito, mas sob supervisão médica", acrescentando-se a frase: "quando o doente estiver fisicamente incapacitado de autoadministrar fármacos letais".
Deste ponto foi retirada a frase "sendo a decisão da responsabilidade exclusiva do doente".
A habitação é um direito básico consagrado Constituição da República Portuguesa. Segundo o art. 65 nº1: “todos têm direito, para si e para a sua família, a uma habitação de dimensão adequada, em condições de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade familiar” (Decreto de Lei n.º 86/1976).
Para desânimo do cinema português, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood premiou outro título que nãoIce Merchants. Na 95ª edição dos Oscars, o prémio de Melhor Curta-Metragem de Animação foi entregue ao filme original da AppleO Menino, a Toupeira, a Raposa e o Cavalo. Conheça a adaptação cinematográfica do livro que já vendeu mais 1,5 milhões de exemplares em todo o mundo.
O Menino, a Toupeira, a Raposa e o Cavalo, baseado no amado livro de Charlie Mackesy , foi aclamado como uma “obra de arte profunda e impressionante” (Collider) “traduzindo as ilustrações requintadas em animação desenhada à mão” (IndieWire), enquanto conta uma comovente “história de amor e esperança” que é “meia hora de alegria absoluta” (The Independent). O aclamado filme também foi recentemente homenageado com uma vitória no BAFTA Film Award, quatro prémios Annie, incluindo Melhor Produção Especial, e uma indicação ao NAACP Image Awards para Melhor Curta (Animação).
“Esta história poderosa foi sentida profundamente pelo público por todo o mundo e mostrou que não importa a idade ou onde habita, nunca é tarde para espalhar nas nossas vidas compaixão, empatia e bondade. Parabéns a todos os envolvidos, incluindo às nossas equipas por todo o mundo.O Menino, a Toupeira, a Raposa e o Cavaloilumina a magia de descobrir ligações em lugares inesperados, e estamos honrados que a Academia tenha premiado este filme lindo e comovente”, disse Jamie Erlicht, chefe de Vídeo Mundial da Apple.
A jornada comovente segue a improvável amizade de, como o título indica, um menino, uma toupeira, uma raposa e um cavalo viajando juntos na procura por um lar. O filme recupera as distintas ilustrações de Mackesy, trazidas à vida com cores e por belas animações desenhadas à mão. Devido às restrições impostas pelo Covid-19, a animação foi feita remotamente envolvendo mais de 120 pessoas distribuídas por 20 países.
Johnny Still a trabalhar em “O Menino, a Toupeira, a Raposa e o Cavalo “
O Menino, a Toupeira, a Raposa e o Cavaloconta com as vozes deTom Hollandercomo a Toupeira,Idris Elbacomo a Raposa,Gabriel Byrnecomo o Cavalo eJude Coward Nicollvocaliza o Menino. O filme de Charlie Mackesy é produzido por Matthew Freud, a nomeada ao Oscar Cara Speller (Pear Cider and Cigarettes) da NoneMore Productions, e JJ Abrams (Star Trek,Missão: Impossível – Fallout,Star Wars: Episódios VII, VIIIeIX)e Hannah Minghella, da Bad Robot Productions.
Realizado por Peter Baynton (The Tiger Who Came to Tea) e Charlie Mackesy, o filme é uma adaptação do livro original em colaboração com Jon Croker (Paddington 2). O filme tem produção executiva de Jony Ive e do indicado ao Oscar Woody Harrelson (Três Cartazes à Beira da Estrada, Larry Flynt). A banda sonora original é da compositora Isobel Waller-Bridge (Emma), interpretada pela BBC Concert Orchestra e regida por Geoff Alexander. O filme é apresentado em parceria com a BBC.
No Ritmo do Coração
A Apple fez história em 2022, ao conquistar três Oscars comCODA – No Ritmo do Coração, sendo a primeira vez que uma plataforma destreamingvenceu o prémio para Melhor Filme, além do reconhecimento de Melhor Actor Secundário, para Troy Kotsur, e Melhor Argumento Adaptado, por Siân Heder. CODA – No Ritmo do Coraçãotambém foi o primeiro filme protagonizado por um elenco predominantemente surdo em papéis principais a ganhar o prémio de Melhor Filme; Troy Kotsur, o primeiro actor surdo a ganhar o Oscar de Melhor Actor Secundário; e a argumentista e realizadora Siân Heder conquistou o seu primeiro Oscar.
O Menino, a Toupeira, a Raposa e o Cavalo está, desde 25 de dezembro, disponível naApple TV+.
Depois de ter ficado órfão de mãe, Moisés vive com o pai e a sua irmã Luzia na Tapera do Paraguaçu, um povoado cujo domínio das terras pertence à Igreja, que ali detém um mosteiro desde o século XVII. Os irmãos partiram todos em busca de uma vida melhor, mas Luzia foi obrigada a ficar para cuidar do pai e do menino; estigmatizada pelos seus supostos poderes sobrenaturais, leva no entanto uma vida de profundo sentido religioso, trabalhando como lavadeira do mosteiro e educando Moisés rigidamente com o objetivo de o inscrever na escola dos padres e conseguir para ele a educação que nenhum deles pôde ter. Porém, a experiência dessa formação marcará o rapaz de tal modo que ele acabará por deixar intempestivamente a casa.
Será só vários anos mais tarde, depois de um grave acontecimento que é o pretexto para a família toda se reunir, que Moisés reencontrará Luzia - uma Luzia arrependida dos silêncios e magoada pelas mentiras, mas simultaneamente combativa, lutando como nunca contra as injustiças, pela posse da terra dos seus antepassados.
Épico e lírico, emocionando o leitor a cada nova página, Salvar o Fogo é um romance que mostra que muitas vezes os fantasmas de uma família não se distinguem dos fantasmas de um país. A ferida aberta pelo multipremiado Itamar Vieira Junior nesta obra-prima só o leitor poderá fechar.
Sobre o Autor:
Itamar Vieira Junior nasceu em Salvador, Bahia, Brasil. É geógrafo e doutor em Estudos Étnicos e Africanos. O seu romance Torto Arado, aclamado pela crítica e pelo público, venceu o Prémio LeYa em 2018, além dos prémios Oceanos e Jabuti no ano seguinte. Tornou-se um verdadeiro best-seller no Brasil, com mais de 250 000 exemplares vendidos, e está a ser traduzido em mais de uma dúzia de países e estando prevista a sua adaptação televisiva. Doramar ou a Odisseia, já com várias edições no Brasil, reúne contos do autor escritos antes e depois da publicação do romance.
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