Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Little Tomodachi (ともだち)

Little Tomodachi (ともだち)

30
Mar21

Jean-Claude Mourlevat vence prémio literário Astrid Lindgren 2021

Niel Tomodachi

O escritor francês Jean-Claude Mourlevat venceu o prémio literário sueco Astrid Lindgren 2021, para o qual estavam indicados sete autores portugueses, anunciou hoje a organização.

naom_58d241dc2dfc4.jpg

O Astrid Lindgren Memorial Award (ALMA) é considerado um dos mais prestigiados prémios internacionais dedicados à literatura para os mais novos e à promoção da leitura, e tem um valor monetário de cinco milhões de coroas suecas (cerca de 487 mil euros).

Entre os 263 autores, ilustradores e promotores de leitura nomeados para o prémio estavam os portugueses Bernardo P. Carvalho, Cristina Carvalho, Luísa Ducla Soares, António Jorge Gonçalves, Maria Teresa Maia Gonzalez, André Letria e Catarina Sobral.

Destes sete autores portugueses, apenas Cristina Carvalho foi nomeada pela primeira vez. Todos os outros já tinham sido nomeados uma ou mais vezes em edições anteriores do ALMA.

Jean-Claude Mourlevat, 69 anos, que trabalhou em teatro antes de se estrear na literatura em 1997, é um "excelente renovador da tradição dos contos de fadas", cuja obra atravessa temas universais, "sobre amor, saudade, vulnerabilidade e guerra", numa prosa "precisa e sonhadora", justificou hoje o júri do prémio.

Mourlevat, que tinha sido um candidato recorrente a este prémio literário, é autor de obras para jovens como "Jefferson", "L'enfant Océan" e "Le combat d'hiver", traduzidas em mais de 20 línguas, mas inéditos no mercado português.

O Astrid Lindgren Memorial Award foi criado em 2002 pelo governo da Suécia, em homenagem à escritora Astrid Lindgren, popular por ter criado a personagem "Pipi das meias altas".

O prémio será entregue a Jean-Claude Mourlevat a 31 de maio. Na mesma altura será também entregue à autora sul-coreana Baek Heena, distinguida em 2020, mas impossibilitada de o receber por causa da pandemia da covid-19.

30
Mar21

Os novos Dunkin’ Donuts chegaram a Portugal — e são para os loucos por chocolate

Niel Tomodachi

A nova Chocolate Collection vai ser vendida em packs de quatro unidades nas lojas do Continente em todo o País.

6d89b991d871013a2db15e10870439cf-754x394.jpg

Os fãs de chocolate e donuts não vão conseguir ficar parados depois de saberem o que acabou de chegar a Portugal. A Dunkin’ já tinha lançado alguns sabores no País no final de 2020 e também no Dia dos Namorados. Esperou pela primavera para aumentar o leque de opções. Desta vez lançou a Chocolate Collection, numa caixa com quatro unidades.

Até aqui já os podia comprar em packs de dois nas várias lojas do Continente. Os novos sabores trazem também esta novidade na caixa, com mais duas unidades do que o normal. Custa 4€ e junta quatro variedades de donuts, todas diferentes.

São elas o Ruby Chocolate, recheado e coberto com chcolate negro e topping de chocolate ruby; o Triple Chocolate, com topping de granulado de chocolate; o White Chocolate, com recheio de chocolate branco e lascas de chocolate; e o Sprinkle e White Chocolate Chip, com chocolate branco no recheio e na cobertura.

Esta será uma edição limitada da Dunkin’ em Portugal. Além desta novidade, mantêm-se os sabores de Cheesecake Crumble, com recheio de cheesecake e topping de creme e bolacha; o Cocoa Hazelnut, com cacau e avelã e topping colorido;  e o Boston Kreme, com strawberry sprinkle. Neste caso são vendidos aos pares por 2€.

Segundo a marca, desde o final de 2020 que nas Continente já foram vendidos mais de um milhão de donuts.

A Chocolate Collection é uma edição limitada.
 
30
Mar21

Há uma alternativa à massa e ao arroz — e é ideal para quem quer perder peso

Niel Tomodachi

A nutricionista Mafalda Rodrigues de Almeida fala-nos de um desconhecido — e cheio de benefícios — pseudocereal.

 

e7f0401431dd1a88363ce07f9d1d3e85-754x394.png

Massa à segunda-feira, arroz na terça e o ciclo repete-se até ao final da semana. Resumindo: pouco ou nada se varia. A boa notícia é que nos últimos anos foram surgindo alternativas, como o cuscuz e o bulgur. Mas não são as únicas. Em 2020, houve outro nome que sobressaiu no mundo saudável e que tem tudo para ser uma das tendências deste ano.

Falamos do amaranto, que é um pseudocereal. Isto quer dizer que, embora não pertença à família dos cereais, apresenta características muito semelhantes. As suas qualidades nutricionistas são as responsáveis pela sua enorme popularidade.

“Além de incrivelmente versátil, este grão é naturalmente isento de glúten e rico em proteínas, fibras, micronutrientes e antioxidantes, em comparação com outros cereais”, explica-nos a nutricionista Mafalda Rodrigues de Almeida, autora do blogue NiT “Loveat”.

A especialista destaca que, normalmente, o teor de fibra do grão de amaranto varia entre 3,6 e 4,2 por cento, enquanto no trigo é de 2,6 por cento e no arroz de 0,9 por cento, pelo que a diferença é enorme.

Deve-se também saber que cerca de 16 a 18 por cento da sua composição é proteína. No caso do trigo e de outros cereais a sua composição é de 14 por cento ou menos. Portanto, o amaranto continua a somar pontos.

“Contêm uma proteína completa, com todos os aminoácidos essenciais ao nosso organismo, ao contrário da presente nos cereais, que é deficitária em alguns aminoácidos, sobretudo lisina, triptofano e treonina”, revela.

O grão de amaranto.
 

A nutricionista menciona, ainda, que o amaranto é rico em ácidos gordos insaturados e esqualeno, um composto com propriedades antioxidantes comprovadas. E há mais: é uma excelente fonte de ferro, cálcio, magnésio e zinco.

A sua composição é um enorme benefício, mas Mafalda Rodrigues de Almeida evidencia também as suas propriedades anti-inflamatórias, assim como o facto de ajudar a reduzir os níveis de colesterol, principalmente o LDL (considerado o mau colesterol). Por outro lado, aumenta o HDL (bom colesterol).

“Como é um grão rico em proteínas e fibras, contribui para o aumento da saciedade, durante mais tempo, o que pode ajudar no processo de perda de peso”, diz à NiT.

Mas, afinal, qual é a sua utilização? Na verdade, é mais do que uma. Pode ser usado como acompanhamento, substituindo o arroz ou a massa, por exemplo, mas também como cereal de pequeno-almoço e na confeção de panquecas, pães e até em misturas de sopas e batidos, segundo a especialista.

A preparação é extremamente simples: só tem de passar por água e cozinhar em lume brando durante 30 minutos. Para cada 200 gramas deve colocar 450 mililitros de água e repousar num recipiente fechado durante 20 minutos.

Pode encontrar este pseudocereal à venda em vários locais, como é o caso do Celeiro, que tem uma versão bio de 500 gramas da Próvida (2,64€), e a Naturitas, que tem amaranto tufado orgânico da Eco Salim em pacotes de 125 gramas (2,17€) e uma versão bio de 500 gramas da mesma marca (2,15€).

 

30
Mar21

Prémio Booker Internacional revela 13 nomeados à edição de 2021

Niel Tomodachi

Livros de Can Xue, Mariana Enríquez e Ngugi wa Thiong'o estão entre os 13 nomeados da edição deste ano do prémio Booker Internacional, que distingue uma obra traduzida para o inglês e publicada no Reino Unido ou Irlanda.

naom_5753d5dc33ea6.jpgA lista longa do prémio, hoje revelada, é composta por "I Live in the Slums", da chinesa Can Xue, "At Night All Blood is Black", do franco-senegalês Davip Diop, "The Pear Field", da georgiana Nana Ekvtimishvili, "The Dangers of Smoking in Bed", da argentina Mariana Enríquez, "When We Cease to Understand the World", do chileno Benjamín Labatut, e "The Perfect Nine: The Epic Gikuyu and Mumbi", do queniano Ngugi wa Thiong'o, que é o primeiro autor na história do prémio a traduzir a própria obra.

Também surgem nomeados "The Employees", da dinamarquesa Olga Ravn, "Summer Brother", do holandês Jaap Robben, "An Inventory of Losses", da alemã Judith Schalansky, "Minor Detail", da palestiniana Adania Shibli, "In Memory of Memory", da russa Maria Stepanova, "Wretchedness", do checo-polaco Andrzej Tichý, e "The War of the Poor", do francês Éric Vuillard.

Dos 13 nomeados, dois estão publicados em Portugal: "Um Terrível Verdor", de Benjamín Labatut (lançado pela Elsinore em janeiro do ano passado), e "A Guerra dos Pobres", de Éric Vuillard (editado pela Dom Quixote em março de 2020).

Os nomeados ao prémio Booker Internacional deste ano foram escolhidos por um painel composto pela historiadora Lucy Hughes-Hallett, que presidiu, pela jornalista Aida Edemariam, pelo escritor Neel Mukherjee, pela professora de História da Escravatura Olivette Otele e pelo poeta e tradutor George Szirtes.

"Os autores atravessam fronteiras, tal como os livros, recusando-se a ficar quietos em categorias separadas de forma rígida. Lemos livros que foram como biografias, como mitos, como ensaios, como meditações, como trabalhos históricos -- cada um transformado numa obra de ficção pela energia criativa da imaginação do autor", afirmou a presidente do júri, num comunicado divulgado pela organização.

Os finalistas do prémio vão ser anunciados no dia 22 de abril e o livro vencedor é revelado no dia 02 de junho, numa cerimónia virtual.

O prémio de 50 mil libras (58 mil euros) é distribuído pelo autor e pelo tradutor da obra.

No ano passado, o livro vencedor foi "The Discomfort of Evening", de Marieke Lucas Rijneveld, dos Países Baixos, com tradução de Michele Hutchison.

 

30
Mar21

Foi descoberto um campo de trabalhos forçados no centro de Praga

Niel Tomodachi

O local terá servido para acolher os opositores políticos do regime comunista, obrigados a erguer uma das maiores estátuas de Josef Stalin.

69cd620347323dfdc7de00c841fe4b12-754x394.jpg

Inaugurada em 1955 e destruída em 1962, a gigantesca estátua de 15 metros de Josef Stalin tornou-se numa das maiores do mundo a homenagear o ditador soviético. Poucos anos depois da construção, deixou de interessar ao regime, que a mandou explodir com recurso a explosivos. Mais de seis décadas mais tarde, novos segredos são revelados.

Nem os historiadores foram capazes de descobrir nos arquivos os registos da descoberta assustadora revelada por estes dias pelos arqueólogos. Perto do local onde se erguia a estátua, no parque Letná, foram descobertos vestígios de um campo de trabalhos forçados.

O campo terá servido para acolher os trabalhadores que, em condições precárias, foram obrigados a construir a enorme estátua de Stalin — mandada erguer depois da tomada do poder pelos comunistas na então Checoslováquia.

A surpresa é, segundo o “The Guardian”, explicada pela eficácia do regime em fazer desaparecer factos dos seus registos e arquivos. Foi isso que aconteceu, precisamente antes da inauguração da estátua.

O registo que existe remete para os planos iniciais, que previam a construção de barracas e de cozinhas. Mas no local, verificou-se que muitos dos planos não se concretizaram, o que significaria que as condições seriam bastante piores do que ditavam os planos.

De acordo com os investigadores da Academia Checa das Ciências, a disposição dos edifícios é em tudo semelhante a campos de concentração existentes à época. Acredita-se que os trabalhadores seriam também antigos militares e operários classificados pelo regime soviético como “politicamente não-confiáveis”. E apesar de serem pagos pelo trabalho e poderem abandonar o posto, essa não era uma opção real.

Acabariam por construir mesmo a estrutura com mais de 14 toneladas de granito. Um monumento que permaneceu de pé durante poucos anos. O regime soviético, esse permaneceu no país até 1989, ano da revolução que cortou os laços da Checoslováquia com a União Soviética.

Esta não é a única história tenebrosa ligada à construção da estátua. O escultor e criador, Otakar Šve, havia de se suicidar poucos dias depois da inauguração, alegadamente por se sentir horrorizado pela sua criação.

 

30
Mar21

Japão anuncia hidrogel inovador que pode reverter células cancerígenas em 24 horas

Niel Tomodachi

Os investigadores dizem que esta descoberta poderá melhorar o prognóstico dos pacientes com cancro.

659262e0e3146fb483f004f92d60cd0d-754x394.jpg

O cancro é a doença mais temida deste século e cientistas em todo o mundo trabalham para reverter a sua taxa de mortalidade. A Universidade de Hokkaido, na China, e o Instituto Nacional de Investigação do Centro do Cancro parecem ter dado um passo nesse sentido

Num estudo divulgado esta segunda-feira, 29 de março, na revista “Nature Biomedical Engineering, os investigadores responsáveis dão conta que desenvolveram um hidrogel (chamado de dupla rede) inovador capaz de reverter células cancerígenas diferenciadas em células estaminais cancerígenas no prazo de 24 horas em seis tipos de cancro.

“No futuro, o hidrogel DN poderá ser utilizado para melhorar o diagnóstico do tipo de células cancerosas e para produzir medicamentos personalizados, que poderão melhorar o prognóstico dos pacientes com cancro”, diz a professora da Faculdade de Medicina da Universidade de Hokkaido, Shinya Tanaka, numa nota divulgada no site da instituição.

Os investigadores explicam, ainda, que tentaram perceber se o hidrogel poderia recriar as condições certas para induzir as células estaminais cancerígenas e verificou-se uma reversão em células nos cancros do cérebro, do útero, do pulmão, do cólon, da bexiga e no sarcoma. Os responsáveis descobriram também alguns dos mecanismos moleculares envolvidos na reprogramação de células cancerígenas.

A universidade relembra que o cancro é a principal causa de morte nos países desenvolvidos, sendo que mais de 8,6 milhões de pessoas morrem anualmente de cancro em todo o mundo e “a taxa de sobrevivência a cinco anos de pacientes com cancro em fase avançada permanece baixa”.

 

29
Mar21

'Balada para Sophie' vence 3 categorias dos Prémios Bandas Desenhadas

Niel Tomodachi

A novela gráfica 'Balada para Sophie', de Filipe Melo e Juan Cávia, editada pela Tinta-da-China, venceu os Prémios Bandas Desenhadas 2020 em três categorias, nas áreas de publicação, argumento e ilustração nacionais, anunciou hoje a organização.

balada-para-sophie-banner.jpg

Os Prémios Bandas Desenhadas, com base no 'site' especializado e no observatório constituído para esta expressão, destinam-se a promover anualmente a banda desenhada produzida e editada em Portugal, através da distinção dos melhores lançamentos editoriais de autores nacionais e estrangeiros.

Nesta segunda edição, a novela gráfica 'Balada para Sophie', da autoria do argumentista português Filipe Melo e do desenhador argentino Juan Cávia, arrecadou o prémio de Melhor Publicação Nacional com Distribuição Comercial, bem como os de Melhor Argumento e Melhor Ilustração, em Publicação Nacional.

O prémio de Melhor Publicação Nacional com Distribuição Alternativa foi para 'UltraSaiyanJedi is streaming Tactical Arena: Apocalypse, March 11th (Twitch is like the fun side of the military-industrial-surveillance complex)', de Mao (Massacre, 2020).

Ainda no âmbito nacional, foi distinguido como Melhor Antologia o 4.º volume da coleção TLS Series (editado por A Seita), intitulado 'Raízes', que reúne trabalhos de autores que fazem parte do coletivo The Lisbon Studio, um dos quais Nuno Saraiva, que ganhou o prémio de melhor BD Curta Nacional editada em Antologia, com 'Sem Cuecas nem Soutien'.

Na mesma categoria de curta nacional em antologia, 'Construção', de Francisco Sousa Lobo (Pentângulo #3 - Chili Com Carne) recebeu uma menção honrosa.

O galego Miguelanxo Prado foi duplamente distinguido, com os prémios de Melhor Publicação Estrangeira e Melhor Ilustração em Publicação Estrangeira, para 'O Pacto da Letargia' (Ala dos Livros).

A distinção de Melhor Argumento em Publicação Estrangeira foi para a 'A História de uma Serva: novela gráfica', de Renée Nault, baseada na obra de Margaret Atwood, (Bertrand).

O prémio de Melhor Publicação de Humor foi entregue a 'Um Cowboy no Negócio de Algodão', 9.º volume de 'As Aventuras de Lucky Luke segundo Morris', de Jul & Achdé (ASA).

Na categoria de Melhor Série de Publicações foi distinguido 'Descender', da dupla Jeff Lemire e Dustin Nguyen (G. Floy).

No que respeita ao prémio de melhor edição, calhou ao Tomo 4 de Druuna, 'Planeta Esquecido | Clone', de Paolo E. Serpieri (Arte de Autor), enquanto a melhor reedição do ano foi para 'Corto Maltese: Fábula de Veneza', de Hugo Pratt (Arte de Autor).

Bandas Desenhadas é um 'site' especializado em banda desenhada, livros ilustrados e outros meios de expressão artística frequentemente relacionados.

Além da divulgação de lançamentos de BD e do Prémios Bandas Desenhadas, o 'site' trabalha também áreas como a didática, a investigação e a crítica, a fotorreportagem e a publicação de séries e de 'one-shots' de banda desenhada 'online', como explica na sua página, na Internet. Tem também em elaboração uma Base de Dados de Banda Desenhada (BD²).

A curadoria de exposições, a organização de 'workshops' e a colaboração com o Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja estão igualmente entre os projetos do Bandas Desenhadas.

 

29
Mar21

Aventuras de Arsène Lupin chegam às livrarias graças ao sucesso da série

Niel Tomodachi

Várias editoras estão a lançar as aventuras de Arsène Lupin, o cavalheiro ladrão criado por Maurice Leblanc em 1905, a reboque do sucesso de audiências da série da Netflix, cuja segunda temporada foi anunciada em janeiro.

naom_5eeb53015ed59.jpg

Arsène Lupin é uma personagem de ficção criada há mais de um século por Maurice Leblanc, inspirada no anarquista francês Marius Jacob (1879-1954), e que representa um ladrão cavalheiro bem vestido, caracterizado pela sua inteligência e perspicácia.

Em janeiro deste ano, a Netflix estreou a série 'Lupin', inspirada nas aventuras deste gatuno de casaca, e liderou o 'top' diário do serviço de 'streaming' em vários países, como Portugal, Brasil, Argentina, Itália, Espanha, Holanda ou Suécia.

Depois deste sucesso, a Netflix anunciou o regresso de Lupin no verão, tendo divulgado o 'teaser' da segunda parte da série no início deste mês.

À boleia deste sucesso, as editoras anunciaram o lançamento dos livros de aventuras de Arsène Lupin, com a Relógio d'Água e a Cultura Editora na linha da frente com as publicações a decorrerem já este mês.

'Arsène Lupin - Gentleman Ladrão' é o título da edição da Relógio d'Água, que recupera a coletânea de nove contos, inicialmente publicados na revista Je Sais Tout em julho de 1905, como uma alternativa às narrativas policiais de Sherlock Holmes, de Arthur Conan Doyle.

A obra conheceu um enorme sucesso com a criação de um protagonista dotado de imaginação fértil, agilidade física e mental, sentido de humor, elegância e com uma falta de escrúpulos associada a um código de honra que o levava a proteger sempre os mais frágeis.

Neste primeiro livro da Relógio d'Água - que já anunciou que irá publicar também o segundo e terceiro volume da série -, Arsène Lupin demonstra a sua capacidade para esconder joias de um modo original, escapar à prisão, assaltar cofres, descobrir joias falsas, mostrando ainda como desde rapaz se revelara o seu talento de assaltante.

A Cultura Editora também já fez chegar às livrarias a sua edição da mesma obra, com o título 'Arsène Lupin - Cavalheiro Ladrão'.

No próximo mês, outras publicações surgirão nos escaparates das livrarias, desde logo uma edição da Leya, que chega no dia 6 de abril, intitulada 'Arsène Lupin, Ladrão de Casaca', numa edição de lombada cozida à mão e sem corte a guilhotina, "conferindo um aspeto de manuscrito, tal como terá sido entregue à editora nos primórdios da carreira deste mestre do crime", explica a Leya.

Dois dias depois, será posta à venda a versão da Porto Editora, 'Arsène Lupin, Cavalheiro Ladrão', que também acompanha as primeiras nove aventuras de Lupin, situadas em Paris, no início do século XX, em plena Belle Époque.

No dia 15, é a vez de a editora Aletheia, através da chancela Ideia-Fixa, pôr à venda 'Arsène Lupin contra Sherlock Sholmes', o segundo volume da série de vinte títulos que Maurice Leblanc dedicou à figura de Arsène Lupin.

A Ideia-Fixa já tinha publicado em 2015 o primeiro volume, 'Arsène Lupin, gentleman-gatuno', que as outras editoras estão agora a lançar.

Maurice Leblanc construiu uma das personagens mais marcantes do policial, que veio a inspirar, entre outros, o Santo, de Leslie Charteris, e muita da banda desenhada famosa dos anos 1960.

É o caso da personagem Arsène Lupin III, protagonista do manga japonês 'Lupin III', de 1967, que foi escrito como sendo o neto de Arsène Lupin.

Os autores das várias edições de Lupin III, usaram os romances de Leblanc como inspiração para outras obras, como foi o caso do realizador japonês Hayao Miyazaki, e o seu filme 'O Castelo de Cagliostro' (1979), vagamente baseado na aventura 'A Condessa de Cagliostro'.

Maurice Leblanc nasceu a 11 de dezembro de 1864, na cidade francesa de Rouen, no seio de uma família rica.

Aos 6 anos, foi enviado para a Escócia, devido à Guerra Franco-Prussiana, onde prosseguiu os estudos, tendo-se revelado demasiado bom aluno, como reconheceria mais tarde com arrependimento.

Cedo travou conhecimento com as obras literárias de Gustave Flaubert e Guy de Maupassant (este último apoiou-o nas suas primeiras tentativas literárias), normandos como ele, e mais tarde conheceu os trabalhos de Émile Zola e Mallarmé.

Apesar das oportunidades de estudo em França, na Alemanha ou em Itália, decidiu interromper o curso de Direito para se tornar jornalista e escritor, depois de uma curta experiência de trabalho na empresa familiar.

Estabeleceu-se como repórter policial do jornal L'Écho de Paris e publicou "Une femme", um romance psicológico, aos 23 anos, que foi bem acolhido pela crítica, mas ignorado pelos leitores, o que viria a acontecer com as suas obras seguintes.

A personagem que o tornaria famoso, Arsène Lupin, surgiu de um convite do editor da revista Je sais tout para publicar histórias de um detetive que pudesse ser uma alternativa às de Sherlock Holmes, então muito populares.

Mas Arsène Lupin viria a revelar-se uma personagem contrária à do detetive de Baker Street, inspirando-se no anarquista francês Marius Jacob, considerado um ladrão inteligente, com sentido de humor e generosidade.

A obra de Maurice Leblanc tinha também raízes em autores como Octave Mirbeau, e embora, a partir de 1907, se tenha dedicado quase exclusivamente à personagem de Arsène Lupin, escreveu ainda dois romances de ficção científica, "Os Três Olhos" (1919) e "O Fantástico Acontecimento" (1920).

Socialista radical, agraciado com a Ordem Nacional da Legião da Honra, Maurice Leblanc morreu de pneumonia em 1941, aos 76 anos, em Perpignan, para onde se retirara em 1939, depois da invasão alemã.

Vários dos seus vinte e quatro romances policiais foram adaptados ao cinema e ao teatro.

 

29
Mar21

Militante pelos direitos dos homossexuais agredido no Uzbequistão

Niel Tomodachi

Um militante pelos direitos dos homossexuais no Uzbequistão foi violentamente agredido e hospitalizado com uma perna partida e ferimentos na cabeça, anunciou hoje a polícia deste país da Ásia Central.

naom_56532b102c268.jpg

Segundo um comunicado dos responsáveis policiais, Miraziz Bozorov foi agredido na tarde de domingo perto da sua residência por desconhecidos, que se puseram em fuga.

O comunicado também descreve Bozorov, um militante muito crítico do conservadorismo e do Governo deste país de maioria muçulmana, como um provocador.

A agressão registou-se algumas horas após uma manifestação de protesto contra os homossexuais na capital Tachkent que reuniu várias dezenas de pessoas, com diversas detenções por "hooliganismo".

Esta manifestação foi convocada após um apelo de Bozorov à abolição da lei que proíbe relações sexuais entre homens, e quando o Uzbequistão, a par do Turquemenistão, continua a ser o único país da Ásia Central onde a homossexualidade é ainda criminalizada.

O Ministério do Interior uzbeque difundiu um vídeo que exibe vários manifestantes detidos a lamentarem as suas ações, mas o vídeo também critica Bozorov que, segundo a polícia, exibiu "um comportamento depravado e o desrespeito intencional pelas regras de comportamento em sociedade".

O embaixador do Reino Unido no Uzbequistão, Tim Torlot, denunciou a agressão a Bozorov, considerando-a "indesculpável".

O Presidente uzbeque, Shavkat Mirziyoyev, já declarou que a abolição da lei que criminaliza a homossexualidade não está na ordem do dia.

O seu antecessor, Islam Karimov, que dirigiu de forma autoritária o país durante 25 anos até à sua morte em 2016, qualificava a homossexualidade como uma forma "comum" das doenças mentais.

Apesar de ter emitido sinais de desanuviamento, através da aplicação de reformas políticas e económicas desde a sua chegada ao poder, Mirziyoyev manteve certos dispositivos autoritários do seu predecessor.

 

29
Mar21

Biblioteca do Marquês reabriu sem livros mas ao som de uma rádio

Niel Tomodachi

image.jpg

Os sons invadiram o Jardim do Marquês e, esta manhã, eram muitos os olhares curiosos direcionados para o pequeno edifício da Biblioteca Popular de Pedro Ivo que reabriu restaurada, agora sem livros mas com um programa-piloto que integra várias áreas disciplinares para testar que tipo de diferentes usos esta biblioteca pode ter, sempre em ligação com a memória que os portuenses têm do espaço.

Nela está a funcionar a Rádio Estação do Museu da Cidade, projeto nómada e que durante um período de um mês e meio vai ocupar este edifício em pleno jardim urbano, emitindo em FM, em 96.3, mas também em forma de pequena biblioteca sonora ao ar livre. "Resgatamos este espaço que estava sem utilização para fins culturais e decidimos após uma reflexão longa experimentar um modelo pluridisciplinar que apele à memória das pessoas", explica Nuno Faria, diretor artístico do Museu da Cidade.
E será através das três plataformas culturais da cidade que será ditada a ocupação futura da biblioteca do Marquês. O projeto inicia-se com uma ação do Museu da Cidade mas depois aquele pequeno espaço terá a residência das artes performativas do Teatro Municipal e mais tarde haverá interligação com o Cinema Batalha.

Para já recebe a Rádio Estação que transmite não apenas sons mas também música ligada à cidade. Entre as 17 e as 19 horas o destaque vai para as Confabulações, com curadoria de Marta Bernardes, responsável pelo projeto educativo do Museu da Cidade. "Trata-se da leitura de fábulas com som musical. Uma fábula para os filhos, outra para os pais. Em espelho", explica Nuno Faria. Textos que remetem o ouvinte para vários lugares, começando esta viagem com as fábulas do italiano Italo Calvino.

image (1).jpg

A Biblioteca Popular Pedro Ivo, designada informalmente Biblioteca do Marquês por se encontrar implantada no jardim daquela emblemática praça, abriu ao público em 7 de janeiro de 1948 tendo como missão permitir o acesso aos livros e à leitura das classes mais necessitadas. O edifício foi projetado e executado pelo arquiteto Bernardino Basto Fabião (1912-1998), ao serviço da Câmara Porto e esteve desde o seu início na dependência direta da Biblioteca Pública Municipal do Porto. Em 1990-1991 foi adaptada para dar origem à Biblioteca Infantil que esteve em funcionamento, nesse mesmo local, até ao início de 2002.

O ponto de viragem acontece com as obras da estação de Metro do Marquês iniciaram-se em finais de 2001, tendo obrigado ao encerramento da biblioteca e à transferência do serviço através da realização de um protocolo com a Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, para as instalações da Igreja de Nossa Senhora da Conceição, o que se concretizou nos primeiros meses de 2002.

O pequeno edifício serviu temporariamente de cafetaria e acabou por, já este ano, ser reabilitado pela Domus Social a partir do projeto arquitetónico original.

Artes performativas

O Teatro Municipal do Porto ocupa a biblioteca de 17 de maio a 10 de julho com um trabalho de artistas no âmbito do projeto europeu Moving Borders.

Feira do Livro

De 16 de julho a 12 de setembro o Marquês recebe uma extensão da Feira do Livro com uma mostra da obra do autor que dá nome ao espaço: Pedro Ivo.

Espaço cinema

Já mais para o final do ano a parceria será com o Batalha Centro de Cinema e a proposta do departamento de Cinema e Imagem em Movimento consiste na apresentação de uma obra fílmica comissariada a um projeto cooperativo de cinema do Porto.

Biblioteca no futuro

A programação futura resultará da vontade da comunidade local que será chamada a participar e a apresentar ideias para a programação sazonal/anual da Biblioteca, tendo em conta o seu carácter multidisciplinar mas, mais uma vez, não perdendo de vista a ligação à história do espaço.

 

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Mais sobre mim

foto do autor

Sigam-me

Quotes:

“How wonderful it is that nobody need wait a single moment before starting to improve the world.” ― Anne Frank

Pesquisar

Nelson's bookshelf: currently-reading

Alfie - O Gato do Bairro
tagged: currently-reading

goodreads.com

2023 Reading Challenge

2023 Reading Challenge
Nelson has read 11 books toward his goal of 55 books.
hide

Arquivo

    1. 2023
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2022
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2021
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2020
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2019
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D

Afiliado Wook

WOOK - www.wook.pt

Comunidade Bertand

Afiliado Miniso

Read the Printed Word!

Em destaque no SAPO Blogs
pub